"Messi nunca deveria acabar, tal como Cristiano Ronaldo"
- 31/12/2025
Luis de la Fuente concedeu uma extensa entrevista à edição desta quarta-feira do jornal espanhol As, na qual abordou diversos temas, começando, desde logo, pela tão aguardada Finalíssima de 2026, que irá colocar, frente a frente, a 'sua' Espanha e a Argentina, no Lusail Iconic Stadium, no Qatar.
"Eu quero disputar esse jogo, por aquilo que significa um jogo entre o campeão da Europa e o da América do Sul, por jogar contra um rival como a Argentina. Além de testar o potencial de ambas as seleções, aquilo que me interessa é jogar outra final e ter a oportunidade de conquistar outro título", afirmou, antes de tecer rasgados elogios à principal estrela albiceleste, Lionel Messi.
"Messi é daqueles jogadores que nunca deveriam acabar, tal como Cristiano Ronaldo. São fantásticos. Seja qual for o estado de forma de Messi, na Finalíssima ou no Mundial, é um daqueles jogadores que podem fazer a diferença com um único detalhe, portanto, respeito total e admiração pelo trajeto do Leo e por aquilo que ainda lhe resta pela frente", acrescentou.
Portugal entre os candidatos à conquista do Mundial2026
Luis de la Fuente não escondeu, ainda, a ambição de conduzir Espanha à conquista do Campeonato do Mundo de 2026, que, recorde-se, terá lugar nos Estados Unidos da América, Canadá e México. Isto, apesar de reconhecer que não faltarão adversários de grande nível, como é o caso de Portugal.
"Sim, podemos ser campeões do mundo. Podemos e vamos lutar por sê-lo, mas também há outras seleções que vão tentar. Nenhuma das boas ficará de fora, como Brasil, Argentina, Alemanha, França, Portugal ou Marrocos. Nunca houve outro Mundial com um lote de candidatos tão bons como haverá o próximo. E, depois, há países exóticos que vão demonstrar a sua evolução, como Cabo Verde", alertou.
"Ainda falta algum tempo, e estamos na fase de recolher informação sobre os adversários, mas o nosso objetivo não é apenas passar a fase de grupos, mas sim ir passo a passo, até chegarmos à final. E isso significa enfrentar os adversários mais fortes. O facto de estarmos num grupo mais ou menos acessível [com Cabo Verde, Arábia Saudita e Uruguai] não nos abre as portas a compromissos mais importantes", prosseguiu.
"Ainda assim, quero recordar que a Arábia Saudita ganhou à Argentina, no último Mundial, e que o Uruguai faz parte da história do futebol", completou.
"Lamine Yamal escolheu jogar por Espanha porque se sente espanhol"
A terminar, Luis de la Fuente refletiu a propósito dos motivos que levaram Lamine Yamal, 'coqueluche' do Barcelona, a optar por representar Espanha, isto, apesar de ter ascendência marroquina, e de a própria Federação do país africano ter feito pressão para o 'resgatar' para as suas fileiras, ainda que sem sucesso.
"Lamine escolheu Espanha, e, para nós, foi uma grande decisão. Há que respeitá-lo, da mesma maneira que não há que dar mais importância àqueles que decidem jogar por outro país. A questão é que o Lamine escolheu jogar por Espanha porque se sente espanhol, e essa é a melhor das notícias para nós", concluiu.
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