Mesas de voto já fecharam na República Centro-Africana
- 28/12/2025
Cerca de 2,4 milhões de eleitores -- de uma população de aproximadamente 5,5 milhões -- estavam aptos a votar em cerca de 6.700 mesas de voto, para as quatro eleições - presidencial, legislativa, local e regional.
As eleições vão definir o futuro do país, um dos mais pobres do mundo, apesar dos seus recursos naturais (petróleo, diamantes, ouro e urânio), que sofre com a violência perpetrada por grupos armados e cujo Governo depende do apoio de mercenários russos do Grupo Wagner e de uma força de paz da ONU (MINUSCA) para reforçar a segurança.
As urnas abriram oficialmente às 6h00 locais (5h00 em Lisboa), embora muitas tenham começado o dia com um atraso significativo, nomeadamente na capital, como noticia a agência espanhola EFE.
Devido aos atrasos iniciais, é possível que algumas assembleias de voto permitam que os eleitores votem após a hora oficial de encerramento.
Sete candidatos disputam a presidência, incluindo Touadéra, bem como os ex-primeiros-ministros Anicet-Georges Dologuélé e Henri-Marie Dondra, os seus dois principais rivais.
O candidato que obtiver mais de 50% dos votos será eleito à primeira volta, caso nenhum candidato atinja essa percentagem, haverá lugar a uma segunda volta.
No poder desde 2016, Touadéra não poderia voltar a candidatar-se se não tivesse promovido um polémico referendo em 2023, boicotado pela oposição, que aprovou uma emenda constitucional alargando o mandato presidencial de cinco para sete anos e eliminando o limite de dois mandatos. Esta emenda permitiu que o Presidente de 68 anos se candidatasse a um terceiro mandato.
Uma plataforma de oposição, o Bloco Republicano para a Defesa da Constituição (BRDC), boicotou as eleições, alegando condições injustas e falta de diálogo.
Desde o final de 2012 que a República Centro-Africana vive uma guerra civil intermitente que resultou em milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados.
Apesar de vários acordos de paz e de processos de diálogo com grupos armados, a violência não desapareceu por completo, refere a EFE.
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