Mesas de voto fechadas em Myanmar nas primeiras eleições após o golpe
- 28/12/2025
Os cidadãos de Myanmar votaram hoje nas primeiras eleições gerais desde o golpe militar de fevereiro de 2021, num escrutínio em que não participam os líderes da oposição pró-democracia, presos ou exilados desde o golpe.
A primeira fase das eleições legislativas organizadas pela junta birmanesa, largamente restritas e criticadas internacionalmente, terminou hoje, quase cinco anos após o golpe que mergulhou o país numa guerra civil.
O chefe da junta, Min Aung Hlaing, assegurou que a eleição é "livre e equitativa", depois de ter votado na capital administrativa, Naypyidaw.
"Foi organizada pelo exército, não podemos deixar que o nosso nome seja manchado", disse.
A antiga dirigente e Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi continua presa desde o golpe de fevereiro de 2021.
Vários países ocidentais e defensores dos direitos humanos condenaram o escrutínio, que durou um mês, e denunciaram a repressão de qualquer sinal de oposição.
"É essencial que o futuro de Myanmar seja determinado por um processo livre, equitativo, inclusivo e credível, que reflita a vontade do povo", afirmou a representação da ONU, em comunicado.
O Partido da União, da Solidariedade e do Desenvolvimento (USDP), favorável aos militares, deverá vencer com larga margem, o que os críticos consideram uma forma indireta de perpetuar o regime militar.
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