Mesas de voto abrem em Myanmar. Eleições excluem oposição pró-democrática
- 28/12/2025
As mesas de voto na antiga Birmânia começaram a abrir as portas por volta das 06h00, hora local (22h30 TMG de sábado), nos 102 municípios chamados às urnas para a primeira fase destas eleições, que será seguida por mais dois dias de votação, a 11 e 25 de janeiro.
Em Rangum, a cidade mais populosa do país, a afluência era escassa ao início da manhã em dois centros visitados pela agência EFE, nos quais a primeira hora de votação transcorreu sem incidentes.
A junta militar, que detém o poder desde o golpe, não relatou incidentes de segurança em torno da abertura dos centros no início destas eleições sem oposição real, embora tenha reforçado o destacamento policial em torno de algumas escolas que funcionam como pontos de votação.
Até ao momento, não se sabe se a Comissão Eleitoral, dirigida por pessoas ligadas à junta, anunciará resultados parciais após o encerramento da votação às 16h00 locais (08h30 TMG).
Pelo menos, 56 dos 330 municípios do país foram excluídos das eleições por serem territórios não controlados pelo exército, que disputa outras localidades, com maior ou menor vantagem, num conflito armado contra guerrilhas étnicas e grupos pró-democracia.
Por outro lado, dos pelo menos 4,3 milhões de cidadãos birmaneses residentes no estrangeiro, menos de 6.000 têm direito a voto nas eleições.
A revolta, rejeitada pelo Ocidente e pelas Nações Unidas, acabou com uma democracia incipiente na nação do Sudeste Asiático.
Após o golpe, a junta militar de Myanmar ilegalizou a Liga Nacional para a Democracia (LND), o partido largamente vencedor nas eleições de 2015 e 2020, e a sua líder, a Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, está presa desde o golpe.
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