Merz fala com Trump sobre plano de paz e vai informar parceiros europeus
- 21/11/2025
Segundo uma breve mensagem de Merz na rede social X, a conversa telefónica em que ele e Trump abordaram o plano foi "boa e confidencial".
"Acordámos os próximos passos a nível de conselheiros. Agora, informarei os parceiros europeus", acrescentou o chefe do Governo alemão.
De acordo com fontes do Governo alemão citadas pela cadeia NTV, está previsto que os líderes europeus debatam o plano de paz dos Estados Unidos - que inclui concessões significativas por parte de Kyiv - este fim de semana, à margem da cimeira do G20 que se realiza na cidade sul-africana de Joanesburgo.
Também hoje, Merz tinha conversado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, bem como com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Num breve comunicado, a chancelaria alemã informou posteriormente do "apoio inalterado" à Ucrânia dos líderes do grupo conhecido como E3, que insistiram que qualquer acordo de paz deve ter em conta os interesses do país invadido, partir da atual linha de contacto como base para uma negociação territorial e não restringir a capacidade de Kiev de se proteger militarmente no futuro.
Também os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, António Costa, reiteraram hoje a Zelensky que qualquer plano de paz para o seu país deve incluir Kyiv.
"Hoje, discutimos a situação atual, e é claro para nós que não deve haver nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", disseram os dois líderes europeus nas redes sociais, depois de conversarem com Zelensky.
O plano de 28 pontos de Trump para a Ucrânia, de cujo conteúdo houve uma fuga para a comunicação social norte-americana, inclui condições que constituem linhas vermelhas para Kiev, como a redução das suas Forças Armadas para um máximo de 600 mil soldados e a cedência à Rússia de territórios ainda não militarmente conquistados por Moscovo.
Trump anunciou hoje um ultimato para que Zelensky aceite o plano até à próxima quinta-feira, 27 de novembro.
Leia Também: Plano de Trump para a paz na Ucrânia divide opiniões. O que se diz?













