Mélenchon rejeita influência islâmica no partido França Insubmissa
- 06/12/2025
Numa audiência perante uma comissão de inquérito da Assembleia Nacional francesa, Mélenchon insistiu que a LFI "nunca aceitará a infiltração religiosa" e que um dos "pilares básicos" da sua formação é "o laicismo do Estado".
O líder referiu ainda que a própria comissão de inquérito sobre potenciais relações entre partidos políticos e movimentos islâmicos recebeu "documentos que os tornam totalmente inocentes".
Concretamente, referiu-se ao facto de nenhum dos responsáveis dos serviços de inteligência que prestaram declarações ter estabelecido qualquer ligação entre a doutrina islâmico e a LFI.
O veterano político de 74 anos, que depois de ter passado pelo trotskismo na sua juventude, fez parte durante mais de um quarto de século do Partido Socialista, com o qual chegou a ser ministro entre 2000 e 2002 e com o qual rompeu em 2008, recordou a sua trajetória política e a sua evolução com alguns aspetos relacionados com a religião.
Quanto às críticas pelo uso profuso do termo islamofobia, Mélenchon justificou a sua pertinência porque "é um termo de uso internacional" e "particularmente adequado" para se referir a "comportamentos irracionais" contra muçulmanos de movimentos extremistas.
De qualquer forma, quis enfatizar que não se deve confundir "o Islão com o islamismo" nem "o islamismo com o terrorismo".
O presidente da comissão de investigação, Xavier Breton, do partido conservador Os Republicanos (LR), tentou amenizar a tensão que reinava no início da sessão, afirmando que a comissão "não é um tribunal".
Antes de Mélenchon, também compareceu na terça-feira a líder dos ecologistas franceses, Marine Tondelier, que se queixou da forma como esta instância tinha sido constituída e da maneira como os seus membros formulavam as perguntas, considerando que alimenta um "clima de suspeita permanente" em relação aos muçulmanos franceses.
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