Mauritânia. Resgatados 141 migrantes à deriva num barco clandestino
- 30/11/2025
"São 141 pessoas que tentavam imigrar ilegalmente, incluindo 88 senegaleses, 44 gambianos (17 dos quais mulheres e duas crianças), quatro guineenses e dois malianos", afirmou o Ministério das Pescas da Mauritânia, em comunicado.
O resgate ocorreu ao largo da costa da cidade de Nouadhibou (oeste da Mauritânia).
"Tratava-se de um barco cujos ocupantes desorientados já não sabiam para onde ir e cujo movimento foi avistado por uma patrulha marítima", disse à agência noticiosa francesa AFP um responsável da guarda costeira de Nouadhibou.
Estes migrantes foram "entregues aos cuidados das autoridades competentes", indicou o Ministério das Pescas.
A Mauritânia, um país predominantemente desértico da África Ocidental, com mais de 700 quilómetros de costa atlântica, tornou-se nos últimos anos um ponto de partida para muitos migrantes de todo o continente que arriscam a vida atravessando o Atlântico para chegar à Europa por mar, em busca de um futuro melhor.
Em agosto, pelo menos 69 corpos foram recuperados e dezenas de pessoas foram dadas como desaparecidas após um barco que partira da Gâmbia e transportava migrantes se ter virado ao largo da costa da Mauritânia.
No final de julho, as autoridades mauritanas reportaram o resgate de várias dezenas de migrantes da África Ocidental ao largo da costa do país, depois de o barco em que seguiam, que tinha partido da Guiné 11 dias antes, ter apresentado problemas mecânicos.
Dezenas de milhares de migrantes perderam a vida nos últimos anos tentando chegar à Europa a partir de África através das Canárias espanholas, muitas vezes a bordo de barcos sobrelotados, impulsionados a migrar clandestinamente por políticas de vistos cada vez mais restritivas nos países europeus.
Quase 47.000 chegadas irregulares foram registadas nas Canárias em 2024, um recorde pelo segundo ano consecutivo, uma vez que o aumento dos controlos no Mar Mediterrâneo levou os migrantes a tentar a rota do Atlântico.
As fortes correntes oceânicas e as embarcações em mau estado tornam a longa viagem até às Canárias particularmente perigosa.
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