Mata sócio e filho em restaurante do Montijo e está em fuga. Que se sabe?
- 17/11/2025
Um homem matou a tiro outros dois homens, de 60 e 22 anos, na noite de domingo, num restaurante do Montijo, distrito de Setúbal.
Ao que se sabe, na origem do crime está um desentendimento entre o suspeito e a vítima mais velha, que seria sua sócia.
Após o crime, o alegado homicida colocou-se em fuga e permanece em parte incerta.
Já as vítimas ainda foram transportadas para o Hospital do Barreiro, mas acabaram por não resistir aos ferimentos.
Desentendimento entre sócios termina com pai e filho assassinados
Entretanto, surgiram vários pormenores sobre a tragédia. De acordo com o Correio da Manhã, uma das vítimas é Pedro Ganança, de 60 anos, a outra o seu filho, de 22.
Já o suspeito está identificado como José Augusto, sócio de Pedro. Ambos ter-se-ão desentendido antes do duplo homicídio.
O crime ocorreu precisamente no restaurante que tinham em sociedade, O Apeadeiro de Sarilhos, no Montijo.
Ainda segundo o matutino, José Augusto é um homem muito conhecido na região. Além de ser sócio do estabelecimento de restauração em questão, é proprietário de um stand de automóveis. Após balear as duas vítimas, colocou-se em fuga num Mercedes, de cor cinza.
As autoridades tentam agora chegar até ele. No local, estiveram não só os meios de socorro como a Guarda Nacional Republicana (GNR). A investigação passou para a alçada da Polícia Judiciária (PJ), devido à natureza do crime, cujo alerta foi dado pelas 19h55.
Espaço tinha aberto em fevereiro
Pedro e José abriram as portas do O Apeadeiro de Sarilhos no passado mês de fevereiro. O restaurante, que servia vários petiscos, rapidamente ganhou fama na região.
No mês em que o espaço foi inaugurado, Pedro Ganança deu mesmo uma entrevista à revista NIT, onde falou não só do conceito do espaço, como do sócio que agora o matou.
Os sócios tinham recuperado o Apeadeiro de Sarilhos, que entre 1908 e 1989 serviu como ponto de paragem do comboio que ligava o Ramal do Montijo, mas que entretanto foi abandonado.
Pedro e José decidiram recuperá-lo e transformá-lo num restaurante para "voltar a ser um palco de emoções", como contaram na altura.
O espaço ganhou o nome do próprio apeadeiro e abriu oficialmente a 1 de fevereiro. Pedro, que era luso-brasileiro, filho e genro de portugueses, tinha-se mudado para Portugal, durante a pandemia, em 2020, à procura de "alargar horizontes e encontrar novas ideias" para o seu negócio de eventos no Brasil. No entanto, acabou por ficar por cá e estabelecer-se na Margem Sul.
Além de servir refeições, O Apeadeiro de Sarilhos funcionava como um pequeno museu, com peças de antigas locomotivas, fotografias e outros artefactos que os locais cederam em homenagem às memórias que tinham do antigo apeadeiro.
O restaurante tem capacidade para mais de 200 pessoas, a contar com a esplanada e dá acesso a um parque infantil e a um campo de futebol.
Para já, não se sabe se o crime foi testemunhado por algum cliente ou se, naquele momento, o espaço estava encerrado.
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