Manuel Luís Goucha lamenta a morte de Glória de Matos: "Que final de ano"
- 11/12/2025
Já começaram a surgir as primeiras reações à morte da atriz Glória de Matos, que partiu esta quinta-feira, 11 de dezembro, aos 89 anos. Manuel Luís Goucha fez questão de assinalar a importância do trabalho e trajeto da artista que não resistiu a uma "insuficiência cardíaca".
O apresentador da TVI partilhou uma imagem da atriz e começou por escrever na legenda da publicação que este fim de ano tem sido particularmente duro no que diz respeito à morte de artistas portugueses.
"Que final de ano! Hoje foi a Glória de Matos. A minha primeira memória é como espetador, ainda adolescente. Havia terminado o "ZIP ZIP", o programa que em 1969 marcou a televisão portuguesa e fazia parar o país, pelas rábulas de Raul Solnado, pelas entrevistas de Carlos Cruz e Fialho Gouveia com figuras notáveis como Mestre Almada Negreiros, entre outros", começou por escrever Goucha.
"Recordo igualmente José Nuno Martins na apresentação de uma nova geração de cantores, os baladeiros, como José Barata Moura, Padre Fanhais…Uma autêntica pedrada no charco só possível numa época de alguma esperança, com a Primavera Marcelista , que logo se desvaneceu. Seguiu-se-lhe o "Curto Circuito", programa gravado no Monumental com Artur Agostinho ladeado na apresentação por duas atrizes: Laura Soveral e Glória de Matos", refere Manuel Luís.
No fim da publicação, o comunicador entaltece o talento de Glória de Matos, por quem era fascinado e com quem teve oportunidade de privar várias vezes.
"Na altura impressionava-me o perfeito inglês de Glória, longe de saber da sua formação teatral na Old Vic. O tempo passou, fiz-me apresentador e nessa qualidade foram várias as vezes que com ela conversei. Que fascínio ouvi-la falar do seu amor maior, Henrique Mendes, de quem foi amantíssima companheira, da paixão pelo teatro e do respeito pela palavra. Era feroz quanto aos tratos de polé que a nossa língua mátria sofria nomeadamente na televisão (não que a coisa tenha melhorado, antes pelo contrário). O que ríamos quando recordávamos o «tefone pa cá!». Senhora de requinte e fina ironia, das que mais gostei de conhecer. Hoje só posso sentir-me grato e feliz pelas vezes que a tive na minha vida", concluiu, por fim, o apresentador da TVI.
Recorde-se que no passado dia 3 de dezembro morreu a apresentadora Olga Cardoso, conhecida como "Amiga Olga". A radialista tinha 91 anos e perdeu a vida na sequência de um AVC. Quatro dias depois, a 7 de dezembro, chegou a triste notícia da morte da fadista e atriz Anita Guerreiro. A artista tinha 89 anos e vivia na Casa do Artista, em Lisboa.














