Lukoil vende ativos no estrangeiro em resposta as sanções dos EUA
- 27/10/2025
"Devido à introdução de medidas restritivas contra a empresa e as suas subsidiárias por parte de certos estados, a empresa anuncia a sua intenção de vender os seus ativos internacionais", afirmou a Lukoil em comunicado, acrescentando que o processo de concurso já começou.
As sanções envolvem o congelamento de todos os ativos da Rosneft e da congénere Lukoil nos Estados Unidos e a proibição de todas as empresas norte-americanas fazerem negócios com ambas, que representam 55% da produção petrolífera russa.
Rosneft e Lukoil foram também incluídas na lista de entidades sancionadas do SDN, um registo seguido por muitos países e temido no mundo dos negócios.
Após o cancelamento da cimeira russo-americana em Budapeste, devido à recusa de Moscovo em aceitar um cessar-fogo na Ucrânia, o Presidente norte-americano, Donald Trump, aprovou na semana passada sanções contra Lukoil e Rosneft.
O Presidente russo, Vladimir Putin, classificou-as como um "ato hostil", mas negou que elas tenham um impacto significativo na economia, ao que Trump respondeu: "Veremos em seis meses".
A imprensa apontou que a China e a Índia suspenderão as importações de petróleo russo por receio de sanções secundárias e o Banco Central russo já reduziu as previsões de crescimento para o último trimestre do ano.
O Governo russo advertiu no domingo Donald Trump de que a Rússia encontra sempre forma de se adaptar às restrições económicas ocidentais, após aprovação das primeiras sanções antirrussas do seu segundo mandato.
Moscovo "sempre encontra a forma" de se adaptar a sanções que procuram "pôr a Rússia de joelhos", disse Alexey Overchuk, vice-primeiro-ministro russo, à imprensa russa a partir de Kuala Lumpur.
Overchuk, que chefia a delegação russa na cimeira de líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), avisou que "com a Rússia não se pode falar numa linguagem de ameaças, de sanções".
"Por algum motivo, sempre tentam pôr-nos de joelhos, mas não aprendem que nunca o conseguiram e nunca o conseguirão", assegurou.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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