Kyiv acusa Moscovo de atingir com drone cargueiro turco no Mar Negro
- 13/12/2025
Num comunicado, a Marinha ucraniana indicou que o ataque de hoje não causou feridos e atingiu o navio, denominado VIVA, quando este transportava óleo de girassol para o Egito, precisando que a embarcação prosseguiu viagem até ao destino.
Segundo a Marinha ucraniana, o navio foi atingido em alto mar, dentro da Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Ucrânia, mas para além do alcance das defesas antiaéreas ucranianas, fazendo com que Kyiv acusasse Moscovo "de violar cinicamente" o Direito Internacional do Mar.
Horas antes, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertara para a transformação do mar Negro numa "zona de confronto" entre a Rússia e a Ucrânia, após vários ataques aéreos a embarcações nas últimas semanas.
Um navio turco sofreu na sexta-feira danos em consequência de um ataque aéreo russo, perto da cidade portuária ucraniana de Odessa, no Mar Negro, anunciaram o seu armador e as autoridades de Kyiv.
O ataque ocorreu algumas horas depois de o presidente turco abordar a questão de um "cessar-fogo limitado, nas instalações energéticas e portos", com o homólogo russo, Vladimir Putin, à margem de uma cimeira no Turquemenistão.
Nas últimas semanas, a Ucrânia reivindicou ataques com drones navais a petroleiros ligados à Rússia naquela região.
Segundo Kyiv, fazem parte da "frota paralela" da Rússia, composta por navios russos camuflados para contornar as sanções impostas a Moscovo pelo Ocidente, após a invasão russa da vizinha Ucrânia em 2022.
Na semana passada, o governo turco chamou o embaixador ucraniano e o encarregado de negócios russo em Ancara para lhes transmitir a sua preocupação perante "uma escalada muito acentuada dos ataques mútuos na guerra russo-ucraniana" recentemente ocorridos na ZEE da Turquia no Mar Negro.
"Não queremos que o Mar Negro se torne um campo de batalha, nem queremos ser arrastados para um", declarou a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros turca, Berris Ekinci.
A Turquia apoia politicamente a Ucrânia, em guerra com a Rússia desde que esta invadiu o seu território, a 24 de fevereiro de 2022, e também lhe vende armamento, mas mantém boas relações com Moscovo, abstendo-se de lhe impor sanções, e já acolheu várias rondas de negociações entre os dois países.
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