Justiça dos EUA rejeita alegações contra Trump em documentos do caso Epstein
- 23/12/2025
Numa mensagem divulgada na rede social X, o Departamento de Justiça informou ter divulgado cerca de 30 mil novas páginas de documentos relacionados com o empresário financeiro e criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, sublinhando que algumas incluem acusações apresentadas ao FBI pouco antes das eleições presidenciais de 2020.
"Para que fique bem claro: estas alegações são falsas e infundadas", assegura o Departamento de Justiça, que responde diretamente perante o Presidente.
Segundo as autoridades norte-americanas, pelo menos 8.000 novos documentos da investigação foram tornados públicos, incluindo centenas de vídeos e gravações áudio, bem como imagens de vigilância da cela de Epstein, datadas de agosto de 2019, quando foi encontrado morto numa prisão de Nova Iorque, antes de ser julgado.
O Departamento de Justiça disponibilizou cerca de 11.000 ligações para documentos adicionais, embora algumas não estejam acessíveis, alegando necessitar de mais tempo para divulgar o restante material de forma a proteger a identidade das vítimas potencialmente expostas em fotografias, vídeos e mensagens de texto.
A divulgação integral estava legalmente prevista até 19 de dezembro.
A oposição democrata acusa o Departamento de Justiça de atrasar deliberadamente o processo para proteger o Presidente.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, classificou a situação como uma "tentativa de encobrimento" e apresentou um projeto de lei para reforçar a pressão sobre o Departamento de Justiça, que acusa de violar a lei ao não cumprir o prazo.
A divulgação dos ficheiros visa esclarecer os laços de Epstein com figuras influentes, incluindo Trump, que surge em imagens ao lado do empresário.
Embora tenha prometido durante a campanha de 2024 tornar públicos os documentos, o Presidente denunciou posteriormente o processo como uma "farsa" promovida pelos democratas.
Após meses de protestos, incluindo de setores do Partido Republicano, Trump acabou por sancionar, em novembro, uma lei que obriga o Governo a divulgar todos os documentos não classificados relacionados com o caso Epstein que estejam na sua posse.
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