Juanfran Pérez Llorca eleito presidente da Generalitat Valenciana
- 27/11/2025
Juanfran Pérez Llorca substituirá, assim, Carlos Mazón, que se demitiu do cargo a 03 de novembro, um ano e uma semana depois da tempestade que se abateu sobre Valência causando 229 mortos e avultados danos materiais.
A demissão de Mazón deu-se após um ano de pressão da sociedade civil, com manifestações em massa e sucessivas denúncias na comunicação social sobre a incapacidade do seu governo regional de direita para gerir a situação de emergência e sobre as suas tentativas de sobrevivência política com recurso a manipulação grosseira.
A 29 de outubro de 2024, a agência meteorológica nacional emitiu às 07:00 locais um alerta vermelho, depois de ter previsto o fenómeno com três dias de antecedência, mas o aviso à população sobre a tempestade foi enviado demasiado tarde.
Da responsabilidade do executivo regional, a mensagem de emergência só foi enviada quando já havia numerosas vítimas mortais, situações de perigo e danos materiais.
A somar à tragédia, enquanto a comunicação social local e as redes sociais davam conta das proporções da devastação, Mazón estava em parte incerta, fazendo a primeira aparição pública do dia às 20:30.
Hoje, Pérez Llorca precisava de pelo menos 50 votos para ser eleito e obteve 53 com os 40 membros do grupo do PP --- incluindo o do seu antecessor, Carlos Mazón, que marcou presença na sessão plenária para a votação --- e os 13 do grupo do Vox, contra 45 votos contra dos deputados regionais socialistas e do Compromís.
A votação, após os discursos do único candidato ao cargo e dos porta-vozes dos grupos parlamentares, foi pública, sendo os deputados chamados um a um a pronunciar-se a favor, contra ou a abster-se.
No seu discurso de posse, Pérez Llorca declarou que o seu propósito "não é mais que dar continuidade à mudança iniciada em 2023" e indicou que se candidatou "sem qualquer acordo concluído, mas com a determinação de terminar esta legislatura com um pacto que assegure a governabilidade".
Disse ainda que as suas "primeiras palavras" como presidente serão um pedido de desculpas às vítimas da tempestade de há um ano, exigiu a reforma do financiamento público e defendeu uma política de "imigração ordenada" e a divulgação da nacionalidade dos criminosos.
Prometeu também a gratuitidade do primeiro ano de Universidade para todos aqueles que sejam aprovados em todas as cadeiras, anunciou a criação de centros de atendimento urgente de 24 horas em municípios com mais de 50.000 habitantes e comprometeu-se a apresentar no parlamento valenciano "no prazo máximo de 30 dias" uma segunda lei de simplificação administrativa.
O novo presidente da Generalitat Valenciana anunciou ainda a intenção de aumentar em 50% todas as deduções do Imposto Regional Sobre o Rendimento (IRPF) e dois milhões de euros de ajuda para os agricultores.
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