Jogadoras lusas desfrutaram do Mundial e sonham obter "um título"
- 08/12/2025
Momentos após terem regressado a Lisboa, provenientes de Manila, nas Filipinas, onde alcançaram o estatuto de vice-campeãs no primeiro Mundial feminino de futsal organizado pela FIFA, as duas jogadoras mostraram um sentimento de dever cumprido.
"Fomos sempre desfrutando ao máximo do que estávamos a viver, foram muitos dias fora de casa, sempre difícil estar longe das nossas famílias, mas umas ao lado das outras conseguimos fazer com que tudo fosse melhor", afirmou Ana Azevedo.
A capitã de Portugal considera que a equipa fez o que estava ao seu alcance para contrariar o Brasil no jogo decisivo, lamentando apenas não ter conseguido "empatar o jogo", o que poderia permitir um desfecho diferente no resultado.
"Acho que não ficámos muito aquém do plano do jogo. Acima de tudo, o Brasil marcou primeiro e se tivéssemos conseguido marcar e empatar o jogo as coisas poderiam ter sido diferentes. Não o fizemos, o Brasil acabou por fazer o 2-0 e não conseguindo finalizar, o jogo na parte final é sempre mais complicado", analisou a jogadora, de 39 anos.
Ana Azevedo explicou ainda os "condicionalismos" a que se tinha referido logo após a final, atribuindo-os à arbitragem, embora salientando que "não foi por isso" que a equipa das 'quinas' saiu derrotada na final do Mundial.
"Condicionalismos? Refiro-me a algumas coisas da arbitragem, mas não foi por isso que o Brasil ganhou. Acho que fomos condicionadas em alguns momentos do jogo, mas acho que o Brasil também conseguiu evitar isso a partir do momento que um árbitro não marca uma mão na cara claro que a equipa adversária acaba por continuar a fazê-lo, mas não foi por isso que perdemos", reconheceu.
Instantes depois, Ana Catarina deixou expressa a ambição que a move depois de ter sagrado vice-campeã mundial de futsal.
"Espero que daqui a quatro anos, ou no próximo Europeu, possa trazer finalmente um título para o futsal feminino português", colocou, sem receio.
A atleta de 33 anos foi distinguida como a melhor guarda-redes do Mundial e confessou o seu orgulho pela conquista, embora admitindo que abdicaria da mesma pelo título mundial.
"Trocava isso [Luvas de Ouro do Mundial], obviamente, pela conquista do campeonato do mundo, mas isto significa que consegui ajudar a seleção e contribuí com bons momentos para que estivéssemos tão perto de conseguir vencer o Brasil na final. Obviamente que trocava pelo título, mas se pudessem ser os dois em conjunto, eu agradecia", disse a guardiã.
Ana Catarina mostra-se feliz pela sua prestação, mas ambiciona mais e melhor, prometendo a "exibição da vida" nos campeonatos europeu e mundial que se seguirão nos próximos anos.
"Se calhar faltou mesmo aquilo que o 'mister' Conceição também tinha dito, fazer a exibição perfeita, sou extremamente exigente comigo e tinha dito a mim mesma que nesta final eu teria de fazer o jogo da minha vida. Apesar de ter feito uma dupla defesa que parece que é a defesa da minha vida, como algumas pessoas comentam nas redes sociais e talvez seja obrigada a concordar, por ser numa final e contra o Brasil e dada a qualidade que do outro lado existe, mas ainda não foi desta que fiz o jogo da minha vida", assumiu.
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