Israel investiga eventual envolvimento do Irão na morte de Nuno Loureiro
- 18/12/2025
Israel estará a investigar o eventual envolvimento do Irão na morte do renomado físico português Nuno Loureiro, assassinado a tiro à porta da sua casa, na segunda-feira, 15 de dezembro, em Brookline, no estado de Massachusetts, EUA, avança o Jerusalem Post.
Segundo este jornal, as autoridades de Israel estão a analisar dados recolhidos nos últimos dias pelos serviços de informação e que sugerem uma possível ligação do Irão ao homicídio de Nuno Loureiro.
No entanto, realça a publicação, não há, pelo menos para já, provas concretas que liguem o homicídio do português à ação de um estado.
As autoridades norte-americanas também ainda não corroboraram esta informação.
Recorda o Jerusalem Post que a investigação de Israel tem como base a "natureza sensível" da área de pesquisa do físico português.
Contudo, reitera, que "fontes bem informadas" enfatizaram que, nesta fase, "não há nenhuma determinação ou evidência que ligue o assassinato a uma operação estatal ou de inteligência".
Nuno Loureiro era considerado um dos principais investigadores mundiais em energia e física nuclear, tendo desempenhado funções importantes em centros de pesquisa relacionados com o "desenvolvimento de tecnologias futuras".
Além disso, Nuno Loureiro já se tinha manifestado publicamente a favor de Israel (tinha cartazes de apoio a Israel na janela) e que era casado com uma mulher israelita.
Até o momento, as autoridades norte-americanas não avançaram com nenhuma teoria, apenas admitiram estar a procurar um suspeito.
Filha de 14 anos presenciou homicídio
De acordo com a imprensa norte-americana, a filha de 14 anos de Nuno Loureiro presenciou o homicídio e chegou mesmo a ver o assassino.
Nuno Loureiro terá sido atingido com três tiros. Ainda foi transportado para o hospital, mas acabou por não resistir aos ferimentos e morreu, horas depois dos disparos, na manhã de terça-feira.
Nuno Loureiro, de 47 anos, é natural de Viseu e formou-se em Lisboa. Posteriormente, fez doutoramento em Londres, no Reino Unido. Em 2016, o físico mudou-se para os EUA, onde vivia ainda atualmente com a mulher e as três filhas.
Desde 2024, que o investigador português, que ao longo da sua carreira foi distinguido com diversos prémios, era diretor do laboratório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um dos mais conceituados do mundo nesta área.
O homicídio do português continua a ser investigado pela polícia norte-americana, mas o autor ainda não detido, nem identificado.
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