"Imparcial". ONU quer investigação sobre ataques israelitas ao Líbano
- 25/11/2025
"São necessárias investigações rápidas e imparciais sobre o ataque em Ain al-Hilweh", que atingiu um campo de refugiados palestinianos, "bem como sobre todos os outros incidentes envolvendo possíveis violações do direito internacional humanitário por todas as partes, antes e depois do cessar-fogo", defendeu o porta-voz do Alto-Comissariado, Thameen Al-Kheetan, em conferência de imprensa.
Os ataques israelitas provocaram a morte do líder da ala militar do Hezbollah, Haitham Ali Tabatabai, tendo o chefe do conselho executivo do movimento xiita, Ali Daamush, avisado que Israel "deve ficar preocupado" com a possível retaliação.
O bombardeamento israelita contra o bairro de Haret Hreik, no sul da capital libanesa, provocou cinco mortos, entre os quais Tabatabai, que figurava na lista dos mais procurados pelos Estados Unidos.
Pelo menos 28 pessoas ficaram feridas na sequência do ataque, confirmou o Ministério da Saúde libanês.
Israel tem prosseguido ataques aéreos no Líbano, apesar do acordo de cessar-fogo assinado em novembro de 2024, que visava pôr fim ao conflito com o movimento xiita libanês Hezbollah, aliado do Hamas e, tal como este, apoiado militar e financeiramente pelo Irão.
O cessar-fogo estipulava que tanto Israel como o Hezbollah deveriam retirar as suas tropas do sul do Líbano, embora o exército israelita tenha mantido cinco postos no território do país vizinho.
Os Estados Unidos exercem forte pressão sobre o Governo libanês para que o Hezbollah entregue as armas ao Exército, mas até agora o grupo tem-se recusado a fazê-lo.
Desde o cessar-fogo, o Estado libanês tem procurado concentrar todo o armamento do país nas mãos das forças de segurança oficiais e deslocou efetivos para a zona da fronteira com Israel, tradicionalmente um reduto do Hezbollah e onde as tropas israelitas ainda mantêm posições militares.
Leia Também: Trump quer designar filiais da Irmandade Muçulmana como terroristas













