HP vai eliminar até 6 mil empregos com Inteligência Artificial
- 27/11/2025
A empresa de tecnologia HP revelou esta semana que prevê eliminar entre 4 a 6 mil postos de trabalho até 2028 como resultado da implementação de sistemas e ferramentas de Inteligência Artificial.
O número foi revelado pela HP durante a mais recente apresentação de resultados financeiros, indicando que estes cortes ajudarão a empresa a poupar cerca de mil milhões de dólares (cerca de 863 milhões de euros) até 2028.
Nos próximos tempos, a HP nota que a reestruturação deverá custar 650 milhões de dólares e que, no ano fiscal de 2026, já espera gastar 250 milhões de dólares neste processo.
A empresa tecnológica afirma que a adoção de Inteligência Artificial ajudará a “impulsionar a satisfação dos clientes, a inovação de produtos e a produtividade”.
“Há dois anos começámos a fazer alguns [programas] pilotos para avaliar como a Inteligência Artificial nos poderá ajudar a impulsionar estes parâmetros”, afirmou o CEO da HP, Enrique Lores, de acordo com o site Business Insider. “O que aprendemos é que temos de começar a redesenhar o processo e, assim que sabemos como o processo pode ser refeito usando Inteligência Artificial, pode ter um impacto muito significativo”.
IA reduzirá número de postos de trabalho
Um estudo levado a cabo pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) durante o mês de outubro indica que a Inteligência Artificial tem potencial para substituir 11,7% da força de trabalho nos EUA.
Estes trabalhadores representam também aproximadamente 1,2 biliões de dólares em valor salarial nos setores financeiro, de saúde e de serviços profissionais.
De acordo com o estudo, a atual adoção da IA nos Estados Unidos está concentrada em cargos tecnológicos distribuídos por todos os estados do país, representando 2,2% do valor salarial total do mercado de trabalho.
No entanto, o estudo sublinha que não faz estimativas de "perdas de emprego, calendários de adoção ou efeitos líquidos no emprego", e recomenda que os decisores políticos interpretem o índice "como um mapa de capacidades".
"O impacto real na força de trabalho depende das estratégias de adoção das empresas, da adaptação dos trabalhadores, das decisões regulatórias, da aceitação social e das condições económicas gerais", reiteram os autores.
O estudo foi realizado com recurso ao Índice Iceberg, uma ferramenta criada pelo MIT e pelo Laboratório Nacional de Oak Ridge que representa 151 milhões de trabalhadores no país e detalha os efeitos da IA nos seus empregos.
O índice explora como a IA pode transformar o mercado de trabalho do país e é especialmente útil para os decisores políticos que planeiam investimentos bilionários na formação de colaboradores, de acordo com a CNBC.
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