Homem em Sintra integrava rede criminosa de fraudes com criptomoedas
- 24/11/2025
Em comunicado, publicado na página na Internet da Procuradoria da República da Comarca de Portalegre, o Ministério Público indicou que o homem, de 27 anos, foi presente a primeiro interrogatório judicial na quinta-feira.
O arguido está indiciado pela prática dos crimes de burla, burla informática e nas comunicações, branqueamento, falsidade informática e acesso ilegítimo, pode ler-se.
E, nos autos, segundo o MP, considerou-se que o homem se encontra "fortemente indiciado" de integrar uma estrutura criminosa organizada, especialmente vocacionada para a prática de fraudes relacionadas com criptomoedas, operando através de uma plataforma fictícia de investimentos, mediante a qual logrou apropriar-se de quantias monetárias de forma ilícita.
Após o interrogatório, o Tribunal de Portalegre determinou que o arguido fosse libertado, sob termo de identidade e residência, obrigação de apresentação semanal à força de segurança da área de residência, proibição de aceder a plataformas digitais de conteúdo financeiro e obrigação de entrega do seu passaporte.
A investigação está a cargo da PJ, sendo o inquérito dirigido pelo MP de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre.
Contactada pela Lusa, fonte da PJ revelou tratar-se do mesmo homem que foi detido em Sintra, no distrito de Lisboa, na semana passada, por aquela polícia de investigação criminal.
Na sexta-feira passada, em comunicado, a PJ anunciou a detenção do indivíduo, no âmbito da operação "Fluxo Nr1", liderada pela Unidade Nacional de Combate à Cibercriminalidade e Criminalidade Tecnológica, na sequência de pedidos de colaboração internacionais.
"Embora o suspeito resida em Portugal, continua a manter ligações a estruturas que operam internacionalmente de forma modal e multifacetada, orientadas para a criação e gestão de plataformas fictícias de investimento", salientaram então as autoridades portuguesas.
Segundo a PJ, a rede procura identificar e explorar "vulnerabilidades em potenciais investidores" e desenvolvem "mecanismos de ocultação de fundos, causando avultados prejuízos financeiros a inúmeras vítimas em diferentes geografias".
"Na sequência de uma busca domiciliária, foram apreendidos diversos dispositivos informáticos e recolhido um vasto acervo documental e digital, demonstrativo da atividade ilícita praticada pelo suspeito", acrescentou a PJ, dando conta que o processo foi conduzido pela Procuradoria do Juízo de Competência Genérica de Ponte de Sor.
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