Hezbollah não impede ataques persistentes de Israel, avisa PM libanês

  • 27/11/2025

No dia em que se assinala o primeiro aniversário do acordo para interromper as hostilidades entre Israel e o Hezbollah, Nawaf Salam rebateu o argumento de dissuasão usado pelo movimento para conservar o seu armamento.

 

"A dissuasão significa impedir o inimigo de atacar, mas o inimigo atacou, e as suas armas não o detiveram. Estas armas não protegeram os próprios dirigentes do partido, nem o povo libanês e os seus bens", declarou o primeiro-ministro, citado pela agência libanesa ANN, numa reunião em Beirute com o Clube de Imprensa.

Coincidindo com o aniversário da trégua, as forças israelitas lançaram hoje mais uma vaga de ataques no Líbano, no mesmo dia em que reclamaram a morte no último ano de 370 pessoas associadas ao Hezbollah ou também ao grupo islamita palestiniano Hamas.

As armas "não dissuadiram, não protegeram e não trouxeram a vitória a Gaza", acrescentou Salam, referindo-se à guerra no enclave palestiniano entre Israel e o Hamas, aliado do Hezbollah, ambos apoiados pelo Irão.

O chefe do Governo libanês reconheceu porém o papel do Hezbollah para colocar fim à ocupação israelita no Líbano em 2000, mas lamentou o atraso do plano de concentração, até ao final do ano, do armamento existente no país nas forças regulares do Estado.

O Hezbollah recusa-se porém a entregar as suas armas voluntariamente e acusa as autoridades de Beirute de ceder a chantagens de Telavive e de Washington, ao mesmo tempo que o país continua sob ataque israelita.

As autoridades libanesas estão sob pressão internacional e de Israel, que ameaça aumentar ainda mais os seus ataques, mas enfrentam, por outro lado, o risco de um conflito interno se insistir no desarmamento do Hezbollah pela força.

Telavive e Beirute acordaram um cessar-fogo em 27 de novembro de 2024, com o apoio do Hezbollah, interrompendo um conflito que durou mais de um ano e fez 4.000 mortos, 16.000 feridos e 1,2 milhões de deslocados no Líbano.

Desde então, as forças israelitas continuaram a atacar o território libanês, que justificam com a presença de alegados membros do Hezbollah ou de instalações e depósitos de armas do grupo xiita, em violação do acordo.

No último mês, Israel matou o principal comandante militar do Hezbollah, Haytham Ali Tabatabai, nos arredores sul de Beirute, realizou o seu ataque mais mortífero num ano, fazendo 14 mortos no campo de refugiados palestinianos de Ain el-Hilweh, e emitiu numerosos avisos de evacuação em várias localidades do sul do país, antecedendo vagas de bombardeamentos.

Além de centenas de ataques aéreos, as Forças de Defesa de Israel afirmaram hoje que as suas tropas terrestres realizaram no último ano mais de 1.200 incursões e outras operações de menor escala no sul do Líbano.

As operações incluíram a demolição de infraestruturas, a frustração dos esforços de recolha de informações do Hezbollah e outras atividades para prejudicar as capacidades do grupo xiita, segundo o exército citado pela imprensa israelita.

O cessar-fogo tem como antecedente quase um ano de troca de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa e uma forte campanha aérea de Israel no verão do ano passado, que decapitou a direção do movimento xiita, incluindo o seu líder histórico, Hassan Nasrallah, e vários outros responsáveis da hierarquia política e militar.

A par dos bombardeamentos em grande escala, as forças israelitas introduziram tropas terrestres no sul do Líbano, onde continuam a manter as suas posições.

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), que termina o seu mandato em 2026, registou cerca de 10 mil violações do acordo de cessar-fogo.

Leia Também: Israel acusa Venezuela de ser "elo do narcoterrorismo" com Médio Oriente

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2895798/hezbollah-nao-impede-ataques-persistentes-de-israel-avisa-pm-libanes#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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