Guterres alerta para impacto da queda drástica das doações na ajuda humanitária

  • 09/12/2025

Apesar de terem sido feitas recentemente reformas no sistema humanitário visando uma ação mais rápida e fiável, reduzindo a burocracia da coordenação e integrando as cadeias de abastecimento, essas mudanças não terão efeito caso não sejam feitas doações, sublinhou.

 

"Hoje, o sistema humanitário enfrenta o seu maior desafio", afirmou o líder da ONU, num evento de alto nível para contribuições ao Fundo Central de Resposta a Emergências para 2026.

"Nem o motor mais eficiente funciona sem combustível. Em 2025, as contribuições dos doadores caíram drasticamente -- como nunca antes", assinalou.

De acordo com o antigo primeiro-ministro português, as contribuições projetadas para este ano deverão ser as mais baixas desde 2015, "uma tendência perigosa que enfraquece a nossa capacidade de resposta", admitiu.

Como resultado, inúmeras pessoas morreram, outras passaram fome ou ficaram sem serviços de saúde, abrigo e proteção, explicou.

"Este é um momento em que nos pedem para fazer cada vez mais, com cada vez menos. Isto é simplesmente insustentável", frisou António Guterres.

O Plano Humanitário Global, que engloba a ONU e outros parceiros humanitários, estimou que precisará em 2026 de 23 biliões de dólares (19,7 mil milhões de euros) para chegar a 87 milhões de pessoas em situação de extrema necessidade.

Dentro desse esforço mais vasto, o Fundo Central de Resposta a Emergências da ONU (CERF, na sigla em inglês) é um fundo flexível de resposta imediata.

Desde 2006, o CERF forneceu quase 10 biliões de dólares (8,6 mil milhões de euros) em assistência vital em mais de 100 países, trabalhando com mais de 20 agências da ONU e centenas de parceiros, chegando a dezenas de milhões de pessoas todos os anos.

"O CERF funciona porque é rápido, flexível e justo, chegando muitas vezes antes de outras fontes de apoio", lembrou hoje Guterres, dando como exemplo o início da guerra na Ucrânia, onde o CERF agiu numa questão de horas, e no Bangladesh, onde libertou fundos em apenas 16 minutos após os primeiros alertas de inundações, permitindo aos trabalhadores humanitários entregar dinheiro, água e alimentos antes de as estradas serem bloqueadas.

"Ao criar o CERF, há vinte anos, a comunidade internacional fez uma promessa simples: quando ocorrer um desastre, a ajuda chegará. (...) Hoje, peço-vos que renovem essa promessa: contribuam para o Fundo Central de Resposta a Emergências. Mantenham a esperança viva para milhões de pessoas que dependem de nós", apelou Guterres.

Leia Também: Guterres pede contenção e regresso ao diálogo entre Camboja e Tailândia

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2901933/guterres-alerta-para-impacto-da-queda-drastica-das-doacoes-na-ajuda-humanitaria#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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