"Governo não está em condições de fazer frente a uma força destas"
- 11/12/2025
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, saiu à rua em dia de greve geral, considerando que “estamos perante uma histórica adesão".
A greve geral desta quinta-feira, dia 11 de dezembro, está a ter impacto em vários setores, que vão desde os transportes à saúde, passando pela educação e pelos serviços públicos.
Para o secretário-geral do PCP a adesão é não só histórica como “justa”, dado que o pacote laboral contra o qual os portugueses estão hoje a manifestar-se serve apenas para “apertar a vida de quem já tem a vida apertada”.
“É um momento de força, de afirmação dos trabalhadores, dos seus direitos, de rejeição do pacote laboral e o Governo não vai ficar indiferente”, afirmou junto ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, entendendo que "o pacote [laboral] no seu conjunto tem de sair”.
"Perante uma resposta destas, o Governo vai ter de retirar o pacote laboral", defendeu, referindo, ainda, que "o Governo não está em condições de fazer frente a uma força e a uma unidade como esta".
Paulo Raimundo realçou ainda que a lei laboral é resultado, "e de que maneira, de jogos políticos" e prova disso é o facto de ser um pacote "feito pelo patronato" e que "ganha voz através do PSD, CDS, Inciativa Laboral e Chega".
A greve geral de hoje foi convocada pela CGTP e pela UGT em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo. Esta é a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da troika.
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