Governo desvaloriza greve: "Esmagadora maioria do país está a trabalhar"
- 11/12/2025
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, desvalorizou, esta quinta-feira, a adesão à greve geral, que está a ter impacto em vários setores desde os transportes até à saúde. O Governo considera, no entanto, que o nível de adesão é "inexpressivo", ao contrário do que dizem os sindicatos.
"Esta parece mais uma greve parcial da Função Pública. O país está a trabalhar. A adesão à greve é inexpressiva", disse o ministro da Presidência, numa conferência de imprensa de balanço da greve, em Lisboa. "A esmagadora maioria do país está a trabalhar", rematou.
"Respeitamos quem faz greve, mas notamos que o país escolheu trabalhar", acrescentou Leitão Amaro, sublinhando ainda que "se algumas pessoas não conseguiram trabalhar foi pelas perturbações nos transportes".
Leitão Amaro recorreu ainda a dados de pagamentos para desvalorizar a adesão à greve: "As transações na SIBS, que demonstram se o país está a manter a atividade financeira comercial, está, neste momento, com uma redução de 7% face ao período normal".
Além disso, Leitão Amaro referiu que o "trânsito nas pontes do sul para Lisboa, sendo Lisboa uma das áreas mais afetadas, está a cair 5%", o que vê "como um impacto inexpressivo".
O ministro da Presidência deixou ainda a garantia que o Executivo tem estado "sempre aberto ao diálogo", que "dá resultados".
Leitão Amaro recorreu ainda a dados de pagamentos para desvalorizar a adesão à greve: "As transações na SIBS, que demonstram se o país está a manter a atividade financeira comercial, está, neste momento, com uma redução de 7% face ao período normal".
Além disso, Leitão Amaro referiu que o "trânsito nas pontes do sul para Lisboa, sendo Lisboa uma das áreas mais afetadas, está a cair 5%", o que vê "como um impacto inexpressivo".
O ministro da Presidência deixou ainda a garantia que o Executivo tem estado "sempre aberto ao diálogo", que "dá resultados".
CGTP diz que mais de três milhões estão em greve
Por sua vez, a CGTP tem outra perspetiva sobre a adesão à paralisação e estima mais de três milhões de pessoas aderiram à greve geral desta quinta-feira, dia 11 de dezembro, anunciou o secretário-geral da central sindical, pouco depois de o Governo ter desvalorizado a adesão.
"A greve geral que hoje se está a realizar é uma das maiores de sempre, se não a maior de sempre", disse Tiago Oliveira, em conferência de imprensa de balanço da paralisação, onde revelou uma adesão acima de três milhões de trabalhadores.
Na opinião do sindicalista, trata-se de uma "força inequívoca pela exigência de mais salários e mais direitos".
"Hoje temos uma grande, grande, grande greve", rematou.
A greve geral de 11 de dezembro foi convocada pela CGTP e pela UGT contra a proposta de revisão do Código do Trabalho e será a primeira paralisação conjunta das duas centrais desde junho de 2013, quando Portugal estava sob intervenção da 'troika'.
[Notícia atualizada às 13h31]
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