Finge ser CEO e burla empresa italiana em 680 mil euros. Foi detido
- 18/12/2025
A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quarta-feira um homem de 28 anos, suspeito de crimes de burla qualificada, acesso ilegítimo e branqueamento. O esquema terá lesado uma empresa italiana em mais de meio milhão de euros.
A operação policial foi feita através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), em cooperação com o DIAP de Lisboa, e ocorreu após meses de investigação. Desde agosto deste ano que a PJ investigava a situação, após ter recebido uma denúncia por parte da empresa lesada.
Em comunicado enviado às redações, esta autoridade explica que a corporação "foi alvo do crime de burla praticado através do modus operandi CEO Fraud".
Segundo o Centro Nacional de Cibersegurança português este engodo carateriza-se "essencialmente, pelo envio de e-mails ou mensagens de texto (sms ou através de aplicações) em que um agente malicioso, fazendo-se passar por uma entidade relacionada de alguma forma com a organização alvo "por exemplo, o/a Diretor(a) Executivo(a) ou um fornecedor) faz pedidos tipicamente de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização".
"Nalguns casos", continua "são apresentados ficheiros comprovativos, maioritariamente documentos forjados, de alteração de contas bancárias".
Ao todo, a empresa italiana alegadamente visada por este homem terá tido um prejuízo de 680 mil euros.
Após a queixa, a PJ deu início à investigação e encetou várias diligências que "culminaram na identificação do suspeito interveniente nas ações e responsável por receber e dissipar os fundos de origem fraudulenta".
"Na sequência da detenção e buscas domiciliárias, procedeu-se à apreensão de documentação bancária e dispositivos de telecomunicações", acrescenta a autoridade.
O detido será ainda presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação consideradas adequadas.
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