FIFA já admite 'revolucionar' o fora de jogo com a Lei Wenger
- 30/12/2025
Gianni Infantino marcou, esta segunda-feira, presença no World Sports Summit, que decorre no Dubai, onde assumiu, abertamente, a possibilidade de vir a implementar uma série de alterações nos regulamentos do futebol, começando, desde logo, pela já denominada Lei Wenger, que 'revolucionaria' por completo o fora de jogo.
"Nós estamos a considerar a regra do fora de jogo, que evoluiu ao longo dos anos, e, neste momento, requer que o avançado esteja atrás do defesa ou ao seu lado. Talvez, no futuro, o avançado tenha de estar completamente à frente, para ser considerado fora de jogo", afirmou o presidente da FIFA, em declarações reproduzidas pela agência noticiosa Reuters.
"Também estamos a avaliar medidas para prevenir a perda de tempo. É importante que o jogo flua de maneira adequada, pelo que as interrupções têm de ser minimizadas", completou, justificando potenciais novidades com a necessidade de "tornar o jogo mais ofensivo e atrativo".
Esta possível mexida na lei do fora de jogo foi proposta, pela primeira vez, por Arsène Wenger, antigo treinador do Arsenal e atual responsável pelo desenvolvimento global da FIFA, no início do presente ano de 2025, numa extensa entrevista concedida à estação televisiva britânica beIN Sports.
"A última alteração foi em 1990, depois de o Campeonato do Mundo, em Itália, não terem sido marcados golos. Decidimos que já não haveria fora de jogo quando o avançado estava em linha com o defesa. Em caso de dúvida, o avançado seria beneficiado. Isso significa que, quando há uma fração, o avançado tem uma vantagem", justificou.
"Com o VAR, esta vantagem desapareceu, e, para muitas pessoas, é frustrante", acrescentou.
Infantino defende preço dos bilhetes: "Podíamos ter enchido 300 anos de Mundiais"
Nesta mesma intervenção, levada a cabo nos Emirados Árabes Unidos, Gianni Infantino quebrou o silêncio a propósito das críticas que têm vindo a ser tecidas à FIFA, devido ao elevado preço dos bilhetes para o Campeonato do Mundo, que, recorde-se, terá lugar nos Estados Unidos da América, no Canadá e no México, entre 11 de junho e 19 de julho de 2026.
"Nós colocámos entre seis a sete milhões de bilhetes à venda. Em 15 dias, recebemos 150 milhões de pedidos de bilhetes. Isto significa que recebemos dez milhões de pedidos de bilhetes por dia, o que demonstra o quão poderoso o Mundial é. Em quase 100 anos de história do Mundial, a FIFA vendeu 44 milhões de bilhete, no total", referiu.
"Isto significa que, em duas semanas, podíamos ter enchido 300 anos de Mundiais. Imaginem. Isto é absolutamente de loucos. Aquilo que é crucial é que as receitas que são geradas por isto sejam devolvidas ao futebol, em todo o mundo. Sem a FIFA, não haveria futebol em 150 países do mundo", prosseguiu.
"O futebol existe devido a, e graças a, estas receitas, que geramos com, e de, o Campeonato do Mundo, que vamos reinvestir em todo o mundo", rematou aquele que é o líder máximo do organismo que rege o futebol planetário.
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