"Ficheiros de Epstein representam tudo o que há de errado em Washington"

  • 29/12/2025

A deputada republicana do estado da Geórgia, Marjorie Taylor Greene, tem vindo a revelar mais detalhes sobre o seu desentendimento com o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmando que a última gota teve que ver com o seu esforço para que houvesse uma maior transparência quanto aos crimes de Jeffrey Epstein.

 

Numa longa reportagem do The New York Times, publicada esta segunda-feira, sobre o desentendimento entre Greene e Trump, a republicana revelou que as suas pequenas divergências com o presidente, ao longo do ano, o terão irritado. No entanto, "foi Epstein" que que fez com que houvesse um cortar de relações.

"Os ficheiros de Epstein representam tudo o que há de errado em Washington", referiu Marjorie Taylor Greene, que está prestes a deixar o seu cargo no Congresso.

"Elites ricas e poderosas a fazer coisas horríveis e a sair impunes. E as mulheres são as vítimas", destacou.

De recordar que Greene falou com algumas das vítimas do predador sexual Jeffrey Epstein numa audiência privada do Comité de Supervisão da Câmara, o que a terá motivado a lutar pela responsabilização em nome delas.

Depois dessa reunião, a deputada reuniu-se com jornalistas e ameaçou que, se fosse necessário, trabalharia com as vítimas para revelar os nomes das pessoas associadas a Epstein, que terão cometido abusos sexuais.

Uma ameaça que terá culminado num telefonema hostil de Donald Trump e que terá sido a última conversa séria que ambos tiveram. 

O The New York Times soube desta chamada telefónica através de Greene e de um dos seus funcionários. Donald Trump terá ligado para o escritório da deputada para expressar a sua frustração com a defesa pública que Marjorie Greene havia feito. 

Segundo o funcionário de Greene, o escritório todo conseguiu ouvir o presidente norte-americano a gritar com a deputada. 

Já Greene revelou que, durante a chamada telefónica, expressou a Donald Trump a sua confusão sobre a resistência do presidente em revelar os nomes de possíveis cúmplices de Jeffrey Epstein. O líder norte-americano terá dito: "Os meus amigos ficarão magoados".

A deputada do estado da Geórgia terá ainda pedido a Trump para que convidasse e recebesse as vítimas de Epstein na Sala Oval da Casa Branca para que ele mostrasse que as suas histórias estavam a ser ouvidas. No entanto, segundo Greene, o presidente dos EUA terá dito que as vítimas não haviam feito nada para merecer tal honra.

Marjorie Taylor Greene referiu ainda que a última conversa que teve com Donald Trump foi através de mensagens de texto, no dia 16 de novembro. Nesse mesmo dia, a deputada republicana recebeu um e-mail anónimo com ameaças direcionadas ao seu filho.

"A vida de Derek será interrompida em breve. É melhor ele estar atento", dizia o e-mail, que no assunto tinha escrito a alcunha que Trump lhe tinha dado no dia anterior, "Marjorie Traidora Greene". 

Greene decidiu enviar o conteúdo do e-mail, através de uma mensagem de texto, para Donald Trump. Segundo uma fonte familiarizada com a conversa, o presidente norte-americano respondeu, mas, sem referir o filho de Marjorie Taylor, insultou-a. 

Num pedido de comentário, a Casa Branca disse, em comunicado, que "o presidente Trump continua a ser um líder indiscutível do maior e mais crescente movimento político da história americana  - o movimento MAGA ("Make America Great Again").

E acrescentou: "Por outro lado, a deputada Greene está a abandonar os seus eleitores no meio do seu mandato e a desistir da importante luta em que estamos envolvidos. Não temos tempo para a sua amargura mesquinha".

"Retiro o meu apoio à 'congressista' Marjorie Taylor Greene"

Note-se que o presidente norte-americano, Donald Trump, rompeu publicamente com a aliada de longa data e figura do movimento Make America Great Again (MAGA) Marjorie Taylor Greene, que o criticou pela gestão do caso de Jeffrey Epstein.

"Retiro o meu apoio à 'congressista' Marjorie Taylor Greene", escreveu Donald Trump, no dia 14 de novembro, na rede social Truth Social, acrescentando sobre a representante da Geórgia (sudeste): "Maggie 'a Louca' só RECLAMA, RECLAMA, RECLAMA".

Esta é a primeira rutura significativa no campo MAGA desde o início do segundo mandato de Trump, que até agora tem sido marcado, ao contrário do primeiro, por uma disciplina muito forte em torno do presidente norte-americano.

Trump rompe com figura do movimento MAGA devido a caso Epstein

Trump rompe com figura do movimento MAGA devido a caso Epstein

O Presidente norte-americano, Donald Trump, rompeu publicamente com a aliada de longa data e figura do movimento Make America Great Again (MAGA) Marjorie Taylor Greene, que o criticou pela gestão do caso de Jeffrey Epstein.

Lusa | 06:24 - 15/11/2025

Green demitiu-se do Congresso. Porquê?

Recorde-se de que Marjorie Taylor Greene, antiga aliada de Donald Trump e figura da direita radical, anunciou, na dia 21 de novembro, o abandono do lugar na Câmara dos Representantes, depois de ter criticado a gestão do caso Epstein pelo presidente norte-americano.

"Vou demitir-me das minhas funções a 5 de janeiro de 2026", declarou a eleita da Geórgia num comunicado na rede social X, acrescentando que "defender as mulheres americanas que foram violadas aos 14 anos, vítimas de tráfico e exploradas por homens ricos e poderosos não deveria expor-me a ser chamada de traidora e ameaçada pelo presidente dos Estados Unidos, pelo qual lutei".

Caso Epstein. Ex-aliada de Trump anuncia demissão do Congresso

Caso Epstein. Ex-aliada de Trump anuncia demissão do Congresso

Marjorie Taylor Greene, antiga aliada de Donald Trump e figura da direita radical, anunciou na sexta-feira o abandono do lugar na Câmara dos Representantes, depois de ter criticado a gestão do caso Epstein pelo presidente norte-americano.

 Lusa | 06:05 - 22/11/2025

No dia seguinte ao anúncio de Marjorie Greene, Donald Trump descreveu-o como sendo uma "ótima notícia".

"Acho que é uma ótima notícia para o país. É ótimo", disse, em declarações à ABC News por chamada telefónica. 

O que tem sido divulgado até agora dos ficheiros de Epstein?

Imagens da ilha privada

No início do mês de dezembro, começaram por ser tornadas públicas fotografias e vídeos "inéditos" da famosa ilha privada de Epstein, nas Caraíbas

Nas imagens partilhadas é possível ver várias divisões da mansão localizada em Little St. James, nas Ilhas Virgens Americanas. No meio das várias fotografias, há uma que chama à atenção, uma vez que se assemelha a um consultório de dentista e nas paredes há várias máscaras penduradas de figuras históricas.

Donald Trump, Bill Clinton ou Bill Gates também surgem nas fotografias

No dia 12 de dezembro, foram divulgadas mais fotografias pertencentes ao património de Jeffrey Epstein, que incluem personalidades como Donald Trump, Bill Clinton ou Bill Gates.

As quase 20 novas imagens podem mostrar, no entanto, novos momentos em que Epstein - que morreu na prisão depois de um escândalo sexual que envolveu menores - se relaciona com figuras no topo, não só dos anos 90, como também dos dias de hoje - incluindo Trump, atualmente presidente dos Estados Unidos.

Mais imagens de Bill Clinton... de Mick Jagger, Michael Jackson (e de crianças)

Surgiram ainda novas imagens do ex-presidente norte-americano Bill Clinton a relaxar num jacuzzi e fotografias de Jeffrey Epstein, criminoso sexual condenado, com celebridades como Mick Jagger e Michael Jackson.

Há ainda fotografias que mostram o pedófilo com meninas menores de idade. Há, por exemplo, imagens de Jeffrey Epstein com uma criança às cavalitas, outra no colo e há até uma fotografia, pendurada numa parede, onde aparece um bebé a tomar banho.

Novos documentos do caso Epstein incluem alegação de violação por Trump

Documentos do caso Epstein divulgados pelo Departamento de Justiça norte-americano, no dia 23 de dezembro, incluem um depoimento, registado pelo FBI, sobre uma mulher que alegava ter sido violada por Donald Trump, atual presidente.

Incluído num novo lote de milhares de documentos divulgados sobre o caso do criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, o depoimento de 27 de outubro de 2020 não identifica a fonte das autoridades federais, nem a alegada vítima, uma vez que foram omitidos muitos detalhes. 

Novos documentos do caso Epstein incluem alegação de violação por Trump

Novos documentos do caso Epstein incluem alegação de violação por Trump

Os novos documentos do caso Epstein divulgados pelo Departamento de Justiça norte-americano incluem um depoimento, registado pelo FBI, sobre uma mulher que alegava ter sido violada por Donald Trump, atual presidente.

Lusa | 22:44 - 23/12/2025

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2911184/ficheiros-de-epstein-representam-tudo-o-que-ha-de-errado-em-washington#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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