"Farioli? Seria muito feliz ao ter um treinador português no FC Porto"

  • 01/07/2025

A situação atual no FC Porto está 'de cortar a faca' e André Villas-Boas tem uma decisão que parece cada vez mais certa com o passar dos dias. O despedimento de Martín Anselmi é o rumo a seguir, sendo que já há um sucessor praticamente assegurado pelos dragões, com Francesco Farioli a ser o escolhido para mudar o rumo do paradigma portista no último ano.

 

Em declarações exclusivas ao Desporto ao Minuto, Rui Quintas, antigo treinador adjunto de Vítor Pereira no FC Porto, admitiu que decisão do presidente dos azuis e brancos tem a ver com a falta de continuidade do projeto atual, referindo que gostaria de ter um português a treinar os dragões.

Martín Anselmi vai embora, mas deixa saudades?

A performance no Mundial de Clubes parece ter sido a 'gota de água' para André Villas-Boas. O presidente dos dragões chegou a Portugal com insultos e pedidos de demissão e colocou mãos à obra para resolver os problemas e cortá-los pela raiz. A decisão final terá sido o despedimento do treinador argentino, com um sucessor já apontado ao cargo de Anselmi, com os processos a serem previstos ser concluídos no decorrer desta semana.

"Essa decisão é uma situação muito particular neste caso. É uma questão de crença, de confiança, de perspetiva, que as pessoas teriam e agora deixaram de ter. É evidente que isso, quando um presidente contrata um treinador, seguramente que o conhece ou procura conhecê-lo, no fundo o seu caráter e a sua forma de lidar com os diferentes contextos e procura criar as condições para que o treinador possa fazer o seu trabalho", começou por dizer o ex-técnico do FC Porto.

"São coisas que são transversais a todas as equipas e no alto nível ainda mais, pelo que acredito que nesta altura, essa decisão, de continuidade ou não continuidade, tem muito a ver com o indivíduo, neste caso André Villas-Boas, porque é uma decisão que tem diversas implicações de questões contratuais e desempenho desportivo futuro, que é seguramente aquilo que, nesta altura, equaciona a levar esse tipo de decisões", continuou.

"Se estão a colocar em causa a continuidade do treinador é porque se perdeu a confiança, a expectativa e crença que existia de que as coisas iriam correr noutro sentido", acrescentou Rui Quinta.

"Um dos principais aspetos que se tem de ter em conta é a ligação que o plantel tem com as ideias que o treinador tem, da disponibilidade que se coloca... Tudo isso tem de se ter em conta porque nenhum jogador rende senão estiver de corpo e alma entusiasmado no que se está a fazer. Se estiverem a cumprir uma obrigação é muito diferente de jogar, cada vez que é chamado, com entusiasmo e paixão. Uma coisa é uma obrigação, outra é ter paixão naquilo que se faz ", adiantou.

André Villas-Boas quer 'despachar' Martín Anselmi, mas custos 'assustam'

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Prestação muito aquém das expectativas do FC Porto no Mundial de Clubes terá sido a 'gota de água' para o presidente dos dragões que ontem informou o técnico argentino da sua decisão. Despedimento pode custar sete milhões de euros.

Francisco Amaral Santos | 08:11 - 26/06/2025

"É um contexto que diz respeito ao sentido do presidente. O Campeonato do Mundo de Clubes evidenciou um conjunto de continuidades no desempenho da equipa, tanto a nível ofensivo como defensivo que eram recorrentes nas competições nacionais. Os treinadores devem fazer sempre uma reflexão. Martín Anselmi disse várias vezes que a equipa não estava a fazer o que ele queria. Neste caso, dificilmente se vai mudar a equipa. As coisas que se estão a fazer durante a semana não estão a permitir que eles façam o que o treinador quer. Logo, é o treinador que tem de refletir o que é que anda a treinar, de que forma anda a treinar, o que é que pode alterar no treino para que a equipa jogue aquilo que se pretende", reiterou o antigo treinador dos azuis e brancos.

"Anda toda a gente focada em se o FC Porto joga com três centrais ou não. Isso não me interessa nada! Aquilo que é importante focar nos processos defensivos e os processos ofensivos. Onde é que está posicionada a equipa com e sem bola, o que faz com ela, de que forma é que a bola chega à área dos adversários, de que maneira o adversário está a ultrapassar as nossas linhas defensivas... Isto são tudo pistas para os treinadores desenvolverem no treino. O jogo é uma dimensão de imprevisibilidade permanente e por muito que se tenha a vontade de querer controlar tudo, isso nunca irá acontecer. A única coisa que nós devemos, e podemos, é preparar a nossa equipa para jogar com diferentes sinais que vai encontrar", atirou.

"O FC Porto até criou algumas oportunidades de golo no Mundial de Clubes, no primeiro jogo, que se tivessem sido concretizadas, talvez o discurso estivesse a decorrer de forma diferente. Isto tem a ver também com as circunstâncias, com a capacidade do presidente reconhecer que o treinador tem aquilo que ele idealiza para a equipa e poder dar-lhe a confiança necessária. Só assim é que dá para caminhar no mundo do futebol. Estarmos todos alinhados com a ideia de jogo e todos alinhados para cada um poder entregar a sua melhor versão para o jogo da equipa", disse Rui Quinta.

Farioli será o escolhido para 2025/26

Francesco Farioli deverá ser o escolhido por André Villas-Boas para a próxima temporada de modo a suceder a Martín Anselmi como novo treinador do FC Porto. No entanto, o perfil de ambos assemelha-se, e parece que o presidente dos dragões prefere treinadores jovens e estrangeiros apesar do sucesso no passado recente com timoneiros portugueses. Rui Quintas não acredita que a idade seja relevante.

"Não me parece que ser jovem ou ser mais velho lhe defina competência. O que deve ser analisado tem a ver com o caráter, com as ideias, com a forma como se colocam essas ideias na prática, porque uma coisa é falar, outra coisa é fazer. Fazer as coisas é sempre um pouco mais complicado. Os treinadores são escolhidos pela sua competência e, face às ideias pelas quais foram escolhidos, terem a capacidade de as colocar a funcionar, algo que muitas vezes não conseguem", analisou.

Rui Quintas, nos tempos em que foi treinador adjunto de Vítor Pereira, trouxe ao Dragão duas temporadas de glória, com duas Supertaças conquistadas, assim como dois campeonatos consecutivos. Após essa altura, acabou por seguir uma carreira 'a solo' em clubes como o Penafiel, o Vizela, o Espinho ou o Lusitânia de Lourosa. Agora, como um dos membros do quadro diretivo da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), assume que preferia um português no comando técnico dos azuis e brancos.

"Como dirigente da ANTF, é evidente que estaria muito feliz por ter um treinador português a comandar o FC Porto. Isso é indiscutível. Mas quem contrata é que decide", concluiu.

Leia Também: André Villas-Boas 'arrasado' por escolher Farioli: "A geração TikTok..."

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/desporto/2813820/farioli-seria-muito-feliz-ao-ter-um-treinador-portugues-no-fc-porto


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