"Farioli não queria que eu saísse do FC Porto, mas decisão estava tomada"
- 05/11/2025
Gonçalo Borges concedeu uma extensa entrevista à edição desta quarta-feira do jornal O Jogo, na qual 'abriu o livro' a propósito do processo que culminou com a saída do FC Porto, no passado mercado de transferências, rumo ao Feyenoord, a troco de uma verba na ordem dos dez milhões de euros, que pode ascender aos 11 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos desportivos.
O jogador de 24 anos de idade teceu rasgados elogios ao treinador italiano Francesco Farioli, a quem se referiu como "um homem do futebol, boa pessoa, que compreende os vários momentos do jogo", e revelou que este chegou mesmo a dar-lhe a entender que teria um espaço nas suas contas, para a temporada de 2025/26, algo que não chegou, no entanto, para impedir o 'adeus' ao Dragão.
"Nas poucas semanas em que trabalhei com ele, criámos uma afinidade, e é engraçado que ele, de alguma maneira, não queria que eu saísse, mas a decisão já estava tomada. É um grande treinador, e isso reflete-se no grupo. Este ano, o FC Porto tem um grupo fantástico", começou por afirmar o avançado.
"O que eu tinha para jogar no FC Porto, já joguei. Obviamente que podia ter jogado mais, mas o meu tempo no clube já foi, e penso, sinceramente, que não podia ter escolhido melhor clube do que o Feyenoord. Partilhai balneário com o William [Gomes], com o Borja [Sainz], com o Pepê, sou grande amigo deles, têm todos muita qualidade", prosseguiu.
"O William está a fazer uma boa época, o Pepê também. São gente boa, bons jogadores. Não vou falar 'Se eu estivesse aí', porque não estou, e o meu maior gosto é estar no Feyenoord", completou.
"Farioli implementou uma ideia, que era o que faltava na temporada passada"
A terminar, o internacional sub-21 português assumiu que tem "gostado" daquilo que tem visto, por parte da formação azul e branca, até ao momento: "As semanas em que trabalhei na pré-época deram-me sensações muito positivas, e isso está a refletir-se. Chegaram jogadores novos, mas a essência da equipa não mudou. Pode dizer-se que houve muitas mudanças e que os resultados na época passada não eram tão bons, mas o que se vive agora também tem a ver com os ares novos".
"O treinador implementou uma ideia, que era o que faltava na temporada passada. Fico feliz por ver colegas com quem partilhei o balneário e com os quais falo ainda hoje muitas vezes estarem a sair-se bem. No ano passado, não era os piores do mundo, e, agora, não são os melhores. A linha entre ser muito bom ou muito mau é ténue, ao ter bons ou maus resultados. Estão a ganhar, dentro da ideia do treinador, e isso é muito importante", refletiu.
"Mais do que pensar se vai ter arcaboiço para ganhar o campeonato, é importante tê-lo para ganhar os próximos jogos. A caminhada vai-se fazendo, e, no final, fazem-se as contas. Foi assim que vivi o balneário, em 2021/22. A sensação foi sempre pensar jogo a jogo. Aqui, no Feyenoord, também temos essa mentalidade, sempre focados no próximo jogo. Isso é uma caraterística de clubes habituados a ganhar e que têm essa sede", concluiu.
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