Família de GNR morto por lancha de traficantes vai receber 217 mil euros
- 26/12/2025
A mulher e os dois filhos de Pedro Manata e Silva, cabo da Guarda Nacional Republicana (GNR) que morreu em serviço, durante uma operação de combate ao tráfico de droga, no passado mês de outubro, no Rio Guadiana, no Algarve, vai receber uma indemnização de 217 mil euros.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), que avança com a notícia, a indemnização, definida em "tempo recorde", foi concedida pela ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, cerca de um mês e meio após o acidente, no dia 10 de dezembro, depois de, no dia 2 deste mês, o comandante-geral da GNR, tenente-general Rui Veloso, ter homologado o relatório do inquérito que correu termos na Guarda para apurar se os herdeiros teriam direito à indemnização.
Ao todo, o apoio extraordinário que será dado à viúva de Pedro Manata e Silva e aos dois filhos, um dos quais menores, é de 217.500 euros.
Segundo o JN, a compensação foi calculada, de acordo com o Decreto-Lei n.° 113/2005, tendo por base 250 vezes a retribuição mínima mensal garantida, que, à data da morte, estava fixada em 870 euros.
27 de outubro fatal
O acidente ocorreu na noite do dia 27 de outubro, depois da GNR ter tido informações que uma narcolancha, suspeita de tráfico internacional, estaria a navegar no rio Guadiana, perto de Alcoutim.
O cabo Pedro Manata e Silva e mais três militares tentaram localizá-la e intercetá-la. No entanto, a embarcação em que seguiam acabou por ser abalroada pela lancha dos traficantes.
O cabo, de 50 anos, natural de Ermesinde, acabou morrer, enquanto os restantes militares ficaram feridos.
Já os suspeitos, cuja lancha foi encontrada mais tarde a arder, a duas milhas do local onde ocorreu o embate, colocaram-se em fuga.
No dia seguinte, dois homens foram intercetados e dados como suspeitos. Contudo, após serem interrogados pela Polícia Judiciária (PJ), que assumiu a investigação, foram libertados. Segundo esta autoridade, não havia suspeitas suficientemente fortes de que estivessem envolvidos no crime.
O Governo prometeu que a morte do militar, que estava há quase três décadas ao serviço da GNR, não passaria impune. No entanto, até ao momento, ninguém foi condenado pela mesma.
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