Exército Nacional Líbio explora com UE formas de conter imigração no país
- 07/12/2025
A reunião contou também com a participação do almirante Marco Casapieri, comandante da operação naval da União Europeia (UE) no Mediterrâneo, IRINI, para cumprimento do embargo da ONU imposto à Líbia, e do chefe da missão de assistência fronteiriça da UE (EUBAM), Jan Fischettal.
Ambas as partes examinaram outros temas relacionados com a "estabilidade regional", de acordo com um comunicado do Exército Nacional Líbio (LNA, na siga em inglês).
A delegação da UE reuniu-se previamente com o marechal Khalifa Haftar, pai da Saddam Haftar, homem forte do leste do país dividido, com quem também abordou a luta contra a imigração irregular e as redes de tráfico de pessoas e drogas.
Nicola Orlando sublinhou na sua conta na rede social X a urgência em intensificar a cooperação entre a UE e Haftar, através do "reforço do controlo das fronteiras terrestres e marítimas", da "atenção às necessidades humanitárias prementes", em particular dos refugiados sudaneses, e da "luta contra as redes transnacionais de tráfico e comércio de seres humanos".
Por seu lado, o comandante Haftar elogiou o papel da UE no apoio à segurança e estabilidade regionais e o seu impacto nos países da região.
Na terça-feira passada, o ministro do Interior do Governo de Unidade Nacional (GUN) da Líbia, que controla a zona oeste do país, Imad Trabelsi, anunciou o lançamento de um programa para deportação de imigrantes irregulares.
Desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, a Líbia tornou-se um país de trânsito de migrantes para a Europa, provenientes principalmente de países da África Subsaariana, e é atualmente o principal ponto de partida da rota migratória do Mediterrâneo central.
De acordo com o mais recente relatório publicado pela agência da ONU para os refugiados (ACNUR), das 63.086 pessoas que chegaram às costas italianas desde o início do ano até 30 de novembro, vindas do norte da África, 56.065 partiram da Líbia.
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