Ex-primeira-ministra do Bangladesh acusada de orquestrar revolta de 2009
- 30/11/2025
A revolta aconteceu a 25 e 26 de fevereiro de 2009 no Bangladesh Rifles, uma unidade responsável pela vigilância das fronteiras, algumas semanas após a posse do Governo de Hasina.
Naquela ocasião, os insurgentes roubaram 2.500 armas e invadiram uma reunião anual de altos funcionários da unidade, matando pelo menos 57 oficiais.
No total, foram mortas 74 pessoas, inclusive com tortura e queimaduras.
Hasina, já condenada à morte pela repressão dos motins no país em 2024, foi sentenciada este mês a 21 anos de prisão em três processos de corrupção.
De acordo com o relatório divulgado hoje por uma comissão de inquérito criada pelo Governo interino de Muhammad Yunus, também está diretamente envolvida na revolta de 2009.
O ex-parlamentar Fazle Noor Taposh atuou como o "principal coordenador" sob as ordens da então governante, que deu luz verde ao massacre, referiu o gabinete de imprensa do Governo, citando o chefe da comissão, Fazlur Rahman.
"O envolvimento de uma força estrangeira parece bastante evidente à luz da investigação", acrescentou.
Rahman acusou então a Índia de ter tentado desestabilizar o país e enfraquecer o exército do Bangladesh, durante uma conferência de imprensa.
A Índia, país que acolheu Hasina, não reagiu imediatamente a essas acusações.
Muhammad Yunus, que elogiou o relatório da comissão, afirmou que o Bangladesh permaneceu por muito tempo sem compreender as razões do massacre de 2009, mas que agora, com este documento, a verdade veio à tona.
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