Ex-governador russo condenado a 25 anos de prisão por crimes económicos
- 03/12/2025
O tribunal declarou Furgal culpado e "ditou a sentença definitiva de privação de liberdade de 25 anos numa penitenciária de alta segurança", referiu o serviço de imprensa dos tribunais da capital russa.
Trata-se do processo referente a crimes económicos instaurado em outubro de 2021 contra Furgal, quando o ex-governador de Khabarovsk, no Extremo Oriente russo, já estava detido há um ano e meio em Moscovo.
Furgal já tinha sido condenado a 22 anos de prisão em 2023, num primeiro processo em que era acusado de envolvimento na organização de assassínios e tentativas de assassínios.
Segundo a agência russa TASS, o tribunal condenou-o hoje a 23 anos de prisão pelos crimes económicos incluídos na segunda ação penal.
Como a legislação russa não soma as penas, mas agrupa-as dando prioridade à maior, o tribunal optou por impor uma sentença final de 25 anos, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.
Os investigadores acusaram Furgal de ter participado na apropriação de recursos da Amurstal, a única siderurgia do Extremo Oriente russo, entre 2018 e 2020, enquanto deputado federal e depois como governador.
Precisaram que Furgal se apropriou de mais de dois mil milhões de rublos (22,1 milhões de euros, ao câmbio atual) do MSP Bank e de 8,7 milhões de dólares (7,4 milhões de euros) da companhia britânica Metcorp.
Furgal, 55 anos, chegou a governador de Khabarovsk após as eleições de 2018, nas quais venceu o candidato do partido do Governo, o Rússia Unida.
Anteriormente, foi deputado ao parlamento durante 11 anos pelo ultranacionalista Partido Liberal Democrático da Rússia.
Após a detenção em 2020, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Khabarovsk para exigir a libertação de Furgal ou, pelo menos, um julgamento justo na capital regional.
Durante o processo, Furgal denunciou ter sido "pressionado de modo ilegal" pelos investigadores para obter a confissão e um acordo pré-julgamento.
Disse também ter sido ameaçado de serem feitas acusações de burla contra a ex-mulher e a enteada para serem detidas, algo que classificou de "pressão psicológica".
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