EUA suspendem parte das sanções contra a petrolífera russa Lukoil
- 04/12/2025
As transações envolvendo esses postos de gasolina são autorizadas "para evitar penalizar" os seus clientes e fornecedores, e desde que as receitas não sejam transferidas para a Rússia, de acordo com uma publicação do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (EUA), equivalente ao Ministério das Finanças.
A derrogação é válida até 29 de abril de 2026.
O anúncio do Tesouro norte-americano ocorre dois dias após um encontro em Moscovo entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial da Casa Branca (presidência norte-americana), Steve Witkoff.
Washington tinha sancionado em agosto a Lukoil e a Rosneft, duas das principais empresas petrolíferas russas, devido à "falta de um compromisso sério por parte da Rússia com um processo de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia".
O Departamento do Tesouro afirmou então que as medidas visavam "diminuir a capacidade do Kremlin [presidência russa]" de financiar o esforço de guerra e defendeu a vontade de Washington de encontrar "uma resolução pacífica" para o conflito.
As sanções entraram em vigor em 21 de novembro, com a administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, a conceder à Lukoil uma prorrogação até 13 de dezembro para vender os seus ativos no estrangeiro, avaliados por especialistas entre 14.000 milhões e mais de 20.000 milhões de dólares (entre 12.150 milhões e mais de 17.362 milhões de euros).
Nessa altura, a imprensa noticiou que as norte-americanas Chevron e Carlyle manifestaram interesse, após o grupo suíço Gunvor, conotado com Moscovo, ter desistido na sequência de acusações de Washington de ser uma "marioneta do Kremlin".
No dia em que as sanções às petrolíferas entraram em vigor, Trump descreveu-as como "muito poderosas".
Washington está a tentar negociar o fim da guerra na Ucrânia, mas os seus aliados europeus acusam-no de favorecer as reivindicações russas.
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