Estabilidade no Líbano depende da segurança de Israel, diz ministro
- 26/11/2025
"Não permitiremos qualquer ameaça contra os habitantes do norte [de Israel] e uma pressão máxima continuará a ser exercida e até se intensificará", declarou Israel Katz no parlamento israelita.
Katz apresentou como prova da determinação de Israel a operação realizada no domingo em Beirute que resultou na morte do chefe militar do grupo xiita Hezbollah, Haytham Ali Tabatabai.
"Não haverá calma em Beirute nem ordem e estabilidade no Líbano enquanto a segurança do Estado de Israel não estiver garantida", acrescentou Katz, citado pela agência de notícia France-Presse (AFP).
Tabatabai foi morto num bombardeamento israelita nos subúrbios de Beirute, que coincidiu praticamente com o primeiro aniversário do acordo de cessar-fogo, alcançado em 27 de novembro.
O ataque ocorreu também uma semana antes da chegada do Papa Leão XIV a Beirute.
Os ataques aéreos israelitas no sul do Líbano intensificaram-se nas últimas semanas, enquanto Israel e os Estados Unidos têm pressionado Beirute para desarmar o grupo xiita apoiado pelo Irão.
Israel afirma que o Hezbollah está a tentar reconstruir as capacidades militares no sul do Líbano.
O Governo libanês, que aprovou o plano do exército para desarmar o Hezbollah, nega as alegações israelitas.
A mais recente guerra de Israel com o Hezbollah começou em 08 de outubro de 2023, um dia após ter sofrido o ataque do Hamas.
O grupo libanês disparou então 'rockets' contra o norte de Israel em solidariedade com o grupo extremista palestiniano.
Israel lançou um bombardeamento generalizado sobre o Líbano em 2024, que enfraqueceu severamente o Hezbollah, seguido por uma invasão terrestre.
Durante o conflito, o exército israelita eliminou grande parte dos dirigentes do Hezbollah, incluindo o líder do grupo, Hassan Nasrallah, morto em 27 de setembro de 2024.
Esta guerra foi o mais recente de vários conflitos que envolveram o Hezbollah nas últimas quatro décadas, de acordo com a agência de notícias norte-americana The Associated Press (AP).
Resultou na morte de mais de 4.000 pessoas no Líbano, incluindo centenas de civis, e causou uma destruição calculada em 11 mil milhões de dólares (9,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual), segundo o Banco Mundial.
Em Israel, morreram 127 pessoas, incluindo 80 soldados.
O Papa Leão XIV visitará a Turquia entre quinta-feira e domingo, dia em que parte para o Líbano, onde permanecerá até 02 de dezembro.
Trata-se da primeira viagem apostólica de Leão XIV ao estrangeiro desde que foi eleito chefe da Igreja Católica em maio.
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