Esforços de paz de Washington são "um processo sério", defende Kremlin

  • 26/11/2025

"O processo está em curso. É um processo sério", comentou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, acrescentando que "é muito cedo para se tirar conclusões sobre um fim iminente" da guerra na Ucrânia.

 

Uma proposta de Washington divulgada na semana passada, que incluía as principais exigências de Moscovo, foi inicialmente bem acolhida pelo Kremlin, mas sofreu entretanto alterações no seguimento de negociações entre norte-americanos, ucranianos e europeus.

O conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov, reconheceu hoje que o plano tem alguns aspetos positivos, mas referiu que a Rússia não o discutiu em detalhe com nenhuma das partes.

Além disso, Ushakov descreveu como inúteis os esforços dos países europeus na resolução do conflito na Ucrânia, negando que a proposta tenha sido discutida em reuniões com enviados norte-americanos esta semana em Abu Dhabi.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou na terça-feira que estava pronto para avançar com o plano, embora ainda restassem alguns pontos sensíveis que pretendia discutir com o homólogo norte-americano, Donald Trump.

Na terça-feira, Trump anunciou a deslocação a Moscovo do enviado da Casa Branca, Steve Witkoff, para ultrapassar os "poucos pontos de discórdia" que permanecem, acompanhado pelo secretário do Exército, Dan Driscoll, que também esteve presente nos encontros na capital dos Emirados Árabes Unidos.

A presidência russa confirmou hoje a visita do enviado norte-americano, a decorrer na próxima semana, ao mesmo tempo que partiu em defesa de Witkoff face à pressão para ser afastado das negociações, após a fuga para a imprensa de uma conversa telefónica com Yuri Ushakov.

"É provável que as vozes que agora pedem a demissão de Witkoff tenham como principal objetivo travar o tímido progresso rumo a uma solução pacífica", observou hoje o porta-voz do Kremlin.

Peskov assinalou que "é claro que surgirão muitas pessoas dispostas a tudo para travar este processo" e não vê "nada de particularmente alarmante" no telefonema.

Segundo o conteúdo da conversa divulgado, Witkoff instou Ushakov a trabalhar num plano de paz e recomendou ao Presidente russo, Vladimir Putin, que telefonasse a Donald Trump com o objetivo de travar a entrega de mísseis de cruzeiro Tomahawk a Kiev, de acordo com informações publicadas pela agência noticiosa financeira Bloomberg.

Por sua vez, Ushakov classificou hoje as fugas de informação como inaceitáveis e queixou-se de não saber como conduzir negociações com parceiros que as permitem.

A União Europeia (UE) admitiu hoje que todos "querem que a guerra acabe" na Ucrânia, mas avisou que "a maneira como acaba também tem de interessar", rejeitando qualquer proposta que isente Moscovo de obrigações a longo prazo.

Em conferência de imprensa, em Bruxelas, no final de uma reunião ministerial extraordinária, a chefe da diplomacia do bloco comunitário, Kaja Kallas, defendeu um cessar-fogo imediato e que as limitações a contingentes militares, que o plano inicial impunha a Kiev, sejam dirigidas ao orçamento militar e ao exército russo, que disse indicarem uma possível nova agressão, ainda que haja agora um acordo.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, reafirmou hoje pelo seu lado que qualquer acordo para pôr fim à guerra só será possível com o consentimento de Kiev e da UE.

"Queremos que esta guerra termine o mais rapidamente possível, mas um acordo negociado entre as grandes potências sem o consentimento da Ucrânia e sem o consentimento dos europeus não será a base para uma paz verdadeiramente sustentável", afirmou Merz, num discurso no parlamento alemão.

Na terça-feira, Donald Trump manifestou confiança de que um acordo para o fim do conflito na Ucrânia está "muito perto".

O líder norte-americano reconheceu que pensava que um entendimento "seria mais fácil", mas insistiu que os seus esforços estão a registar progressos.

A porta-voz da Casa Branca já tinha assinalado no mesmo dia que foram obtidos "progressos tremendos" na última semana nas tentativas de Washington para trazer as partes de volta às negociações.

"Alguns detalhes sensíveis, mas não insuperáveis, ainda precisam de ser resolvidos, o que exigirá novas discussões entre a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos", disse Karoline Leavitt, sem fornecer mais detalhes.

Leia Também: Kremlin confirma que Steve Witkoff visitará Moscovo (na próxima semana)

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2895124/esforcos-de-paz-de-washington-sao-um-processo-serio-defende-kremlin#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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