Escândalo sexual pode tirar Andreas Schjelderup do Mundial. Eis o motivo
- 11/11/2025
Andreas Schjelderup está a braços com uma verdadeira polémica na Dinamarca e que pode ter implicações numa possível presença no Mundial'2026. O jovem jogador do Benfica admitiu ter cometido um crime de índole sexual cometido em solo nórdico, na temporada 2023/24, quando tinha 19 anos e estava emprestado ao Nordsjaelland.
Segundo avançou nos últimos dias o Nettavisen, o avançado norueguês de 21 anos já tem data para se apresentar no Tribunal Municipal de Copenhaga, onde será julgado no próximo dia 19 de novembro (quarta-feira), numa sessão com a duração de cerca de 45 minutos, entre as 13h15 e as 14 horas locais (entre as 12h15 e as 13 horas de Portugal Continental).
Ora, e de acordo com as mais recentes informações o jovem norueguês deverá receber uma pena suspensa pelo seu ato, o que pode complicar a sua presença na seleção norueguesa para o Mundial'2026, isto numa altura em que a Noruega está a apenas três pontos de garantir a presença no torneio que decorre no Canadá, EUA e México.
O advogado dinamarquês Martin Dahlgaard, que dirige o escritório USA Denmark Law, foi entrevistado pela publicação norueguesa VG, admitindo que ter um processo criminal no cadastro é muito complexo para a obtenção do visto.
"Temos casos como este o tempo todo. Ter antecedentes criminais complica as coisas. Neste caso, existem dois cenários diferentes: ele já pode ter um visto para os EUA. Se assim for, só é preciso declarar o histórico criminal no momento da solicitação. Não é necessário apresentá-lo posteriormente à embaixada norte-americana se ele já tiver o visto, mas é obrigatório apresentá-lo na fronteira, caso seja solicitado", começou por dizer o advogado, sendo que o caso muda de figura caso Schjelderup não tenha visto.
"Nesse caso, deve relatar isso à embaixada norte-americana em Oslo. E aí eles devem considerar se o ocorrido se enquadra no conceito de imoralidade grave. Acho que é o caso aqui, com base no que li sobre isso. O funcionário da embaixada não pode exercer discrição. Para ele ou ela, é tudo preto no branco e não podem avaliar as evidências do caso", vincou.
Ainda de acordo com Martin Dahlgaard, não é necessário tratar-se de um crime grave. No entanto, existe uma alternativa mesmo para quem não tem visto.
"A embaixada pode recomendar uma isenção. Isso precisa ser feito pelo Departamento de Segurança Interna em Washington, D.C. E eles podem usar de discricionariedade. Podem dizer: 'Este é um atleta e ele vai jogar no Campeonato do Mundo'. O único problema é que isso pode levar muito tempo. Já vi casos em que demorou mais de um ano. Quando se trata do Mundial, é possível que o processo seja mais rápido. Mas nunca se sabe. A decisão final fica completamente a cargo de outras pessoas. Está fora do seu controlo", ressalvou.
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