Enfermeira que matou jovem no Algarve e fugiu estará a ser ajudada
- 29/12/2025
A Polícia Judiciária (PJ) acredita que a enfermeira condenada por matar um jovem informático, em abril de 2021, no Algarve, e que se encontra em parte incerta há meio ano não só teve ajuda para fugir como continua a ser ajudada por terceiros no local onde se encontra.
De acordo com o Correio da Manhã, que avança com a informação, Mariana Fonseca teve conhecimento que a condenação a 23 anos de prisão tinha transitado em julgado no dia 13 de maio deste ano, mas, nesse dia, já tinha tudo planeado para a fuga.
O mandado de detenção foi emitido posteriormente, no dia 3 de julho, mas segundo o matutino, a PJ já estava a seguir o rasto da homicida dias antes de receber oficialmente o documento.
Mariana deixou o apartamento que arrendou em Lisboa antes da decisão judicial. Já na casa do pai, militar da Guarda Nacional Republicana (GNR), no Algarve, "tudo foi deixado ao abandono".
As autoridades acreditam que Mariana não só foi ajudada durante a fuga, como continua a receber apoio no local onde se encontra. De quem, não se sabe ou, pelo menos, não é revelado.
Recorde-se que, antes de partir, a enfermeira fez um vídeo (divulgado pelo programa Linha Aberta, da SIC) onde assumiu a fuga e garantiu que não matou Diogo. "Tentei salvá-lo", assegurou.
Nesse mesmo vídeo, Mariana revelou ainda detalhes chocantes, inclusive, que temia que Maria a matasse, e pediu desculpas à família pela fuga. "Amo-vos, perdoem-me", sublinhou.
Crime macabro
Em tribunal ficou provado que Mariana Fonseca e a então namorada, Maria Malveiro, mataram e desmembraram Diogo Gonçalves, um engenheiro informático, em março de 2020, para ficarem com uma indemnização de 70 mil euros que o jovem tinha recebido pela morte da mãe.
O homicídio ocorreu em 20 de março de 2020, na casa onde o jovem informático, de 21 anos, vivia, em Algoz, no concelho de Silves.
Diogo tinha combinado um encontro com Maria Malveiro, com quem mantinha uma relação de proximidade.
Maria entrou na casa do jovem e deu-lhe Diazepam, um sedativo arranjado por Mariana no hospital onde trabalhava, misturado com sumo de laranja. Enquanto isso, Mariana estava no carro, à espera.
Nessa altura, Diogo terá sido asfixiado e o corpo colocado no porta-bagagens do seu Mercedes. Depois, foi transportado para a garagem da casa onde Mariana vivia no Chinicato, em Lagos. Nesta residência, foi esquartejado com um cutelo.
Penas de 25 anos para ambas as suspeitas
Maria foi condenada a 25 anos de prisão mas acabou por se suicidar na cadeia.
Já Mariana foi inicialmente absolvida pelo Tribunal de Portimão, mas depois condenada pelo Tribunal da Relação de Évora a 25 anos de prisão.
A defesa da enfermeira recorreu da decisão mas o Tribunal Constitucional confirmou a sentença da Relação, reduzindo apenas a pena em dois anos, de 25 para 23 anos de prisão.
Antes ainda de saber da decisão da derradeira instância judicial, Mariana Fonseca fugiu para parte incerta, onde se mantém há seis meses.
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