Dois PSP que sodomizaram homens sem-abrigo vão continuar presos
- 18/11/2025
Os dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Esquadra do Rato detidos, no passado mês de julho, por sequestro e tortura de dois homens em situação de sem-abrigo vão continuar em prisão preventiva, decidiu o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL).
De acordo com o acórdão emitido este mês, os agentes estão não só acusados de sequestro agravado como de tortura e "tratamento cruel, degradante e desumano".
O caso remonta a 2024 e já tinha sido noticiado pelo Notícias ao Minuto, na altura em que os agentes, ambos de 25 anos, foram detidos e foram efetuadas diversas buscas, algumas das quais em esquadras da Primeira Divisão Policial de Lisboa.
O inquérito teve início numa denúncia da própria Direção Nacional da PSP, depois dos responsáveis desta autoridade ficarem a conhecer as suspeitas que recaíam sobre os dois agentes, um da Primeira Divisão Policial, outro do Comando Metropolitano de Lisboa.
Segundo o acórdão, os suspeitos terão agredido com violência dois homens sem-abrigo na esquadra do Rato, depois de os terem intercetado por suspeitas de furto, num estabelecimento comercial.
Um dos agentes terá mesmo agredido ambos os homens, toxicodependentes, ao soco e pontapé, assim como introduzido um "bastão no ânus" de um deles, obrigando-o ainda a cheirar. Enquanto isso, outros polícias filmaram a cena e riram.
Já o outro polícia detido tentou inserir o cabo de uma vassoura no ânus do outro sem-abrigo e forçou as vítimas a simularem atos sexuais entre si.
O acórdão, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, refere ainda que, "a comprovarem-se os factos indiciados, a pena será de prisão superior a cinco anos".
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