Do Benfica à Rússia, ao lado de Maniche. O que é feito de Jorge Ribeiro?
- 22/11/2025
Jorge Miguel de Oliveira Ribeiro tornou-se um dos grandes nomes da história do futebol português, ao cumprir grande parte da sua carreira em clubes tradicionalmente da I Liga. Tanto no Benfica, como na Rússia (no Dynamo Moscovo), esteve ao lado do irmão Maniche, que poucos sabem que se chama... Nuno Ricardo Oliveira Ribeiro.
Nascido em 1981, em Lisboa, o antigo internacional português não tardou em começar a dar os primeiros passos na formação do Benfica, em 1992, com apenas 11 anos, numa altura em que Maniche já se encontrava nos juvenis do clube da Luz.
Passo a passo, Jorge Ribeiro foi subindo degraus nas camadas jovens do Benfica, até que, em janeiro de 2000, alcançou a estreia pela equipa principal e logo com uma assistência para o seu irmão na goleada frente ao Amora (7-0), na Taça de Portugal, às ordens de Jupp Heynckes.
Na época seguinte (2000/01), o ex-defesa não entrou nas contas do técnico alemão, pelo que nem chegou a trabalhar com o substituto José Mourinho, fruto do empréstimo ao Santa Clara, com apenas três jogos ao serviço daquele que seria o campeão da II Liga, na primeira metade da temporada. Na outra, regressou à equipa B das águias, onde assumiu de imediato a titularidade. Por essa altura, já acumulava chamadas às camadas jovens da seleção de Portugal, com destaque para a conquista do Torneio Toulon em 2001.
Jorge Ribeiro cumpriu boa parte do seu percurso como futebolista no Benfica, em dois períodos distintos.© Getty Images
Foi então que, na temporada 2001/02, enquanto Maniche entrava em colisão com Luís Filipe Vieira na atribulada saída do Benfica, Jorge Ribeiro procurava ganhar espaço na Luz, quer às ordens de Toni, quer sob o comando técnico de Jesualdo Ferreira, com apenas cinco jogos num plantel com nomes como José Moreira, Marco Caneira, Fernando Meira, Tiago e Simão Sabrosa. No final, Jorge Ribeiro saiu para o Varzim e o irmão para... o rival FC Porto.
Em novembro de 2002, Agostinho Oliveira convocou o antigo defesa-esquerdo para a seleção nacional, contribuindo para a vitória frente à Escócia (2-0) num jogo particular, com um bis de Pedro Pauleta, sendo que, nessa temporada, afirmou-se como titular indiscutível no Varzim, não evitando a descida para a II Liga. Por lá continuou na época seguinte, regressando à I Liga em 2004/05, por via do empréstimo ao Gil Vicente.
Em 2005, apareceram os russos do Dynamo Moscovo para possibilitar a primeira experiência de Jorge Ribeiro no estrangeiro, aos quais se juntou, imagine-se, Maniche - entre a aventura no FC Porto e no Chelsea. A verdade é que ambos saíram inicialmente por empréstimo, sendo que, no caso de Jorge Ribeiro, seguiu-se uma aventura no Málaga (2005/06) e só depois no Desportivo das Aves (2006/07).
A afirmação no Boavista em em 2007/08 foi tão expressiva que, na época seguinte, regressou ao Benfica, às ordens de Quique Flores, arrecadando o maior troféu da sua carreira - a Taça da Liga (2008/09) - ao lado de nomes como Luisão, Ruben Amorim, Pablo Aimar, Ángel Di María, Pedro Mantorras e Óscar Cardozo. Pelo meio, Jorge Ribeiro cumpriu a sua nona e última internacionalização por Portugal, em pleno Euro'2008, na derrota frente à Suíça (2-0).
Jorge Ribeiro cumpriu 62 internacionalizações pelas camadas jovens da seleção de Portugal, para além dos nove jogos disputados pela principal equipa das quinas.© Getty Images
Fora das opções de Jorge Jesus em 2009/10, Jorge Ribeiro ficou praticamente um ano sem competir e mudou-se para Guimarães, por empréstimo, para representar o Vitória SC, disputando ainda a final da Taça de Portugal, em 2011, na goleada aos pés do FC Porto (2-6), de André Villas-Boas. Estava, assim, encerrado o seu capítulo no Benfica, com um total de dois golos e duas assistências em 28 jogos pela equipa principal, sem esquecer o longo caminho na formação encarnada.
A partir daí, com 30 anos, o antigo internacional luso começou a 'desaparecer' da elite do futebol, com uma passagem pelo Granada (2011/12), à qual se seguiram aventuras no Desportivo das Aves (2013/14 e 2014/15), no Atlético CP (2015/16), no Farense (entre 2016 e 2019) e ainda no Casa Pia (2019/20), sempre em divisões inferiores.
O ponto final na carreira de Jorge Ribeiro aconteceu, assim, aos 38 anos, sendo que, desde então, fugiu aos holofotes do mundo do desporto, pese embora tenha marcado presença como convidado no podcast 'Jogo Quase Limpo', concentrando-se sobretudo no tempo com a família.
Todas as semanas o Desporto ao Minuto apresenta-lhe uma nova edição da rubrica 'O que é feito de...?', que pretende recordar o percurso de algumas personalidades do mundo futebolístico que acabaram por cair no esquecimento.
Leia Também: Do Sporting ao Benfica com selo nacional. O que é feito de André Almeida?
Leia Também: Giggs do Olival com currículo mundial. O que é feito de Hélder Barbosa?













