Diversificação económica em Angola passou de intenção a "resultado"
- 18/11/2025
Segundo Ottoniel dos Santos, que falava na abertura da conferência anual da Forbes África Lusófona, hoje em Luanda, este avanço resulta da "disciplina fiscal, da reforma tributária, do investimento em infraestruturas" e da capacidade do tecido empresarial angolano de se adaptar às dinâmicas do mercado.
O secretário de Estado das Finanças e do Tesouro destacou o papel da banca na consolidação fiscal e na mobilização de poupanças internas, mas apontou também a necessidade de financiar setores que geram emprego e acrescentam valor à economia, como a agricultura, a indústria transformadora, a habitação, o turismo e as energias renováveis.
Também o setor segurador, os fundos de pensões e o mercado de capitais devem, segundo o secretário de Estado, ganhar maior profundidade, uma vez que constituem "a arquitetura silenciosa da sustentabilidade financeira", transformando poupança em investimento e risco em segurança.
Na sua intervenção, Ottoniel dos Santos destacou ainda a emissão, por Angola, dos primeiros títulos verdes (ESG) da África Subsaariana, destinados a financiar as barragens do Namibe, classificando a operação como "emblemática" por demonstrar que o país combina solidez financeira com responsabilidade ambiental e social.
O governante sublinhou que o custo da dívida sustentável tende a ser mais baixo porque "o mercado reconhece e recompensa as economias que integram a sustentabilidade nas suas decisões de investimento".
Por fim, Ottoniel dos Santos defendeu a importância de um ambiente de negócios "estável, previsível e baseado na confiança", sublinhando que finanças públicas equilibradas, crédito responsável e ética empresarial são instrumentos essenciais "de progresso e de justiça social".
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