Dispara 24 vezes sobre polícia nos EUA porque "estava a ter um mau dia"
- 17/09/2025
Um trabalhador de uma estação de combustível disparou 24 vezes sobre um polícia fora de serviço na Florida, Estados Unidos, esta terça-feira durante a tarde, porque "estava a ter um mau dia".
Em conferência de imprensa, o xerife Chitwood de Volusia, encarregue da investigação, informou que o suspeito, Eduardo Labrada Machado, de 24 anos confessou o crime, afirmando que "teve uma discussão com o polícia, mas não sabe quando foi ou sobre o que foi" o desentendimento.
Mesmo assim, ainda antes de se deparar com o agente David Jewell, de 45 anos, nessa tarde, Machado terá confessado que "no início do dia" já tinha pensado em disparar e matar o polícia.
"O suspeito disse que estava a ter um mau dia a caminho do trabalho e pensou em disparar contra Jewell no início do dia. Quando chegou ao trabalho e viu Jewell, usou uma pistola que tinha comprado recentemente para atirar sobre ele. Não lhe disse nada antes de começar a disparar", afirmou o xerife.
Machado e Jewell cruzaram-se na bomba de combustível, onde o suspeito trabalhava, e lá ocorreu o homicídio. Nas imagens de videovigilância (das quais a polícia partilhou um excerto) é possível ver Jewell já na loja, ao balcão, quando Machado entra e imediatamente aponta a arma ao agente fora de serviço.
As imagens param aí, sem mostrar os tiros subsequentes, mas o xerife Chitwood explicou que o suspeito esvaziou um cartucho de munições nas costas de Jewell, parou, recarregou outro cartucho e esvaziou este no pescoço e cara do polícia.
Ao todo, foram disparadas 24 balas à queima-roupa (a cerca de meio metro de distância).
O xerife fez questão de realçar que a arma utilizada no crime estava nas mãos de Machado há pouco mais de duas horas, e considerou que “a arma foi comprada com um único objetivo: assassinar o agente Jewell”.
“Em 38 anos de polícia, como detetive de homicídios, na altura na quarta maior cidade do país, não é possível descrever a maldade e a intenção calculada daquilo que ele fez ao agente Jewell”, afirmou Chitwood.
Segundo o xerife, Jewell estava a caminho de casa, depois de ter ido buscar o sogro ao hospital quando decidiu parar na bomba para comprar bebidas frescas para ambos.
“Pensem na mulher do David nesta situação. O pai dela liga-lhe a dizer: ‘aconteceu alguma coisa, eu não sei o que foi, mas aposto que o Eduardo está envolvido’”, contou Chitwood.
"Ela depois agarra no comunicador da polícia do marido, liga-o e fica a ouvir tudo o que está a acontecer, ao vivo. Ela sabe quem foi, sabe que o marido foi declarado morto no local - sabe tudo antes de nós termos sequer a oportunidade de lhe contarmos."
O xerife acrescentou ainda que a família do suspeito informou as autoridades de que Machado sofre de transtorno bipolar e que, não só estava a ser acompanhado, como também estava a tomar medicação para tentar controlar a doença mental.
Chitwood, contudo, frisou que a informação ainda não foi confirmada pelas autoridades e que Machado também não revelou sofrer de qualquer distúrbio quando questionado.
A arma que se acredita ter sido usada no crime foi encontrada no carro de Machado que, neste momento, enfrenta uma acusação do crime de homicídio.
O arguido vive há dez anos nos Estados Unidos e não tinha histórico criminal, apenas a nota de um incidente em 2023 onde as autoridades o advertiram por estar a disparar num parque público.
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