De Geny a Inácio. Rui Borges explica tudo após a goleada do Sporting
- 14/12/2025
O Sporting reagiu da melhor maneira possível aos dois 'deslizes' consecutivos, cometidos nas visitas a Benfica (empate a uma bola) e Bayern Munique (derrota, por 3-1), ao receber e bater o AVS, por categóricos 6-0. Ainda assim, na conferência de imprensa que se seguiu ao apito final, no Estádio José Alvalade, Rui Borges avisou que há espaço para melhorar.
"A equipa foi competente, deu resposta, como tem dado, e tem crescido em termos coletivos. Tirando os primeiros quinze minutos, com o jogo morno, muito parado... O adversário, também, em cada lançamento, pontapé de baliza e falta, demorou muito. Tentou, desde cedo, adormecer um bocadinho o jogo, e não nos deixou entrar no ritmo", começou por afirmar.
"Nos últimos quinze minutos, falhámos muitos passes, por vermos as coisas tão fáceis. Tirando isso, a equipa foi competente, dinâmica e, depois de desbloquear o primeiro golo, foi sempre atrás de mais. Estou feliz pela resposta que a equipa tem dado", prosseguiu, antes de sublinhar que os bicampeões nacionais não podem embandeirar em arco.
"A goleada são só três pontos, não podemos ficar muitos grandões nesse aspeto. Apenas e só três pontos, naquilo que é a nossa caminhada. Fomos sérios e rigorosos. Podia ter sido difícil ligar a equipa para jogar em casa, contra o último adversário, depois de jogos de exigência máxima, com dois grandes adversários, (...) mas, se calhar, até as mudanças foram importantes nesse sentido", completou.
De Geny Catamo a Gonçalo Inácio, todas as explicações
O treinador mirandelense confirmou, de seguida, que Ousmane Diomande e Geny Catamo "não defrontam o Santa Clara", pelas 18h45 (hora de Portugal Continental) da próxima quinta-feira, no Estádio de São Miguel, para os oitavos de final da Taça de Portugal, visto que estão de partida para Marrocos, onde irão disputar o Campeonato Africano das Nações (CAN).
Quanto ao facto de Morten Hjulmand (o capitão) e Iván Fresneda não terem saído do banco de suplentes, acrescentou, esteve diretamente relacionado com uma "virose" que vai assolando o plantel verde e branco. Já a saída de Gonçalo Inácio, ao intervalo, para dar o lugar a Matheus Reis, foi provocada por motivos de ordem física.
"O Inácio foi para gerir. Não está a 100%, e, até porque vamos perder Diomande, não quisemos correr o risco. O Morten ficou de fora porque estava doente, com sintomas gripais ou uma virose, o Iván [Fresneda] também. O Luis [Suárez] também não, mas acabou por dar o seu contributo", apontou.
"Hoje, o Morten deu uma demonstração do que é ser líder. Ele podia ter jogado, mas foi honesto e mostrou o que é ser verdadeiramente um capitão. Disse-me que não estava a 100% e que era melhor meter alguém que estivesse melhor. Teve caráter, mostra bem o que é o respeito pela equipa e pelos colegas. Foi honesto, isso deixa-me agradado", aplaudiu.
Matheus Reis é para renovar?
A terminar, Rui Borges foi questionado sobre se a boa entrada de Matheus Reis (que ainda foi a tempo de assinar a assistência para o segundo golo de Luis Suárez) poderia ser interpretada como um sinal de que tem futuro no Sporting, apesar de terminar contrato já em junho, mas recusou alongar-se em comentários.
"Não me meto muito nesse papel, são coisas mais para a estrutura. Sabem o que queremos. O Matheus tem sido muito importante, e vai continuar a ser, pela experiência, pelo caráter... É muito importante dentro do grupo", rematou.
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