Dalot preocupa Ruben Amorim, mas há pior: "Sinto a ansiedade..."
- 30/11/2025
Ruben Amorim assumiu, este sábado, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro da 13.ª jornada da Premier League, que irá colocar, frente a frente, o Crystal Palace e o 'seu' Manchester United, em Selhurst Park, que Diogo Dalot e Patrick Dorgu estão, neste momento, "longe do seu melhor".
Questionado quanto ao momento de forma de ambos os laterais, o treinador português mostrou-se particularmente preocupado com aquele que atravessa o dinamarquês, que, curiosamente, até deu nas vistas na mais recente pausa para compromissos internacionais, ao assinar um golo (na derrota perante a Escócia, por 4-2) e uma assistência (no empate a duas bolas com a Bielorrússia).
"Quando os vejo nos treinos, estão a trabalhar muito melhor do que nos jogos. Quanto ao Patrick, quando o vejo a jogar pela seleção nacional... Ele marcou um grande golo, contra a Escócia, e a decisão que tomou, sob pressão, foi completamente diferente àquelas que está a tomar, na nossa equipa", começou por afirmar.
O técnico dos red devils deu, de resto, como exemplo desta disparidade de compostura o golo que o jogador de apenas 21 anos de idade desperdiçou, no passado fim de semana, na derrota sofrida em pleno Old Trafford, diante do Everton, por 0-1: "Dá para sentir a ansiedade, sempre que o Patrick toca na bola. Eu consigo sentir essa ansiedade.
"Lembro-me daquele remate contra o Everton... Essa foi uma decisão mais simples do que aquela que ele teve de tomar, contra a Escócia. E vi a qualidade dele, quando jogou em Itália, mas, aqui, é diferente, e, por vezes, a pressão é difícil para eles, no início. Ainda assim, ele tem tempo para evoluir", sublinhou.
"Eu só preciso de perceber o contexto, para tentar ajudá-los. Eles estão longe do seu melhor, e sabem disso. Tal como acontece com vários outros jogadores, na nossa equipa, e tal como eu mesmo. Limito-me a olhar para eles e a pensar que eles têm muito mais para dar. Vamos ver, esta semana, se conseguimos melhorar isso", acrescentou.
Ruben Amorim explica o que falta ao Manchester United
Perante os jornalistas, o ex-Sporting confessou, ainda, que o Manchester United tem de melhorar, sobretudo, no plano defensivo, até porque, neste momento, na Premier League, tem tantos golos marcados... como sofridos. Ao todo, são 19, número apenas superado por Brentford, Liverpool, Nottingham Forest (com 20), Bournemouth (com 23), West Ham, Leeds United (com 25), Burnley e Wolverhampton (com 27).
"Nós estamos a ser muito macios, nas imediações da grande área, por isso, temos de melhorar nisso, em relação aos últimos jogos, especialmente, ao contra o Nottingham Forest [empate a duas bolas]. Permitimos muitos cruzamentos, não pressionámos bem, por vezes... Contra o Everton, eles ficaram reduzidos a dez jogadores, e sofremos um golo no único remate à nossa baliza", lamentou.
"É claro que nós precisamos de melhorar em vários aspetos. Eu penso que o problema não tem a ver com os defesas, tem a ver com a equipa e com a maneira como nós temos de sentir o perigo, perto da nossa grande área", rematou.
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