"Cristiano Ronaldo? Não pode haver divas na seleção"
- 17/11/2025
Henrique Calisto, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) concedeu, esta segunda-feira, uma entrevista à Antena 1, na qual apelou ao "bom senso" de Roberto Martínez, na maneira como gere a utilização de Cristiano Ronaldo, ao serviço da principal seleção de Portugal.
"Tem de ser com bom senso. É um jogador que ainda concretiza, é um dos nossos melhores marcadores, penso que é o nosso melhor marcador, nesta fase final, é o melhor concretizador... Portanto, é preciso usar o Cristiano nos momentos em que é preciso, e retirá-lo, quando for necessário", começou por afirmar.
"Não pode haver divas na seleção, mas, indiscutivelmente, o Cristiano é a grande figura do futebol português e da nossa seleção. Pode não marcar, mas arrasta gente com ele. É um jogador que polariza muito a concentração dos jogadores em torno dele, portanto, é uma questão de bom senso, e esse bom senso é utilizar o Cristiano Ronaldo quando for necessário, e penso que vai ser necessário", acrescentou.
Declarações que surgem no dia seguinte à goleada aplicada pela equipa das quinas à Arménia, no Estádio do Dragão, por 9-1, que valeu a liderança do Grupo F e consequente apuramento direto para o Campeonato do Mundo de 2026. Um jogo no qual não esteve, precisamente, Cristiano Ronaldo, uma vez que foi expulso no anterior, que culminou numa derrota perante a República da Irlanda, por 2-0.
"Há que apoiar Roberto Martínez, porque apoiar o selecionador também é criar estabilidade no seio da equipa"
Henrique Calisto aproveitou, ainda, a ocasião para sair em defesa do selecionador de Portugal, o espanhol Roberto Martínez, que tem vindo a ser alvo de críticas, não tanto devido aos resultados, mas, sobretudo, à inconsistência exibicional por parte da equipa, especialmente, contra adversários de teórica menor valia.
"Os desideratos que tínhamos, de ganhar a Liga das Nações e de sermos apurados [para o Mundial'2026], ele concretizou, portanto, há que dar confiança. Quer se goste, quer não se goste, estamos a falar, não de um clube, mas de uma seleção. É o nosso país que enverga as nossas cores, por isso, o selecionador, seja ele quem for, estando ao serviço da seleção, tem de ser o nosso selecionador e temos de apoiá-lo", sublinhou.
"Não se exime de críticas, mas, nos momentos importantes, é o nosso selecionador, há que apoiá-lo, porque apoiar o selecionador também é criar estabilidade no seio da equipa. É necessário dar calma, e essa calma é dar confiança aos jogadores, ao treinador, à equipa técnica... Obviamente, é o contributo que podemos dar para que Portugal consiga atingir aquilo que todos nós queremos, que é chegar muito perto de ser campeão", completou.
Portugal, recorde-se, aguarda, agora, pelo próximo dia 5 de dezembro, no qual a FIFA irá levar a cabo o tão aguardado sorteio da fase de grupos do Campeonato do Mundo de 2026, de forma a saber quais serão os adversários que terá pela frente, nos Estados Unidos da América, no Canadá e no México.
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