Congresso aprova lei de Defesa que apoia alianças na Europa

  • 17/12/2025

A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês), aprovada anualmente por ambas as câmaras do Congresso com relativo consenso entre democratas e republicanos, define as áreas em que os Estados Unidos devem, segundo os legisladores, concentrar esforços no ano seguinte. 

 

A versão de 2026, com mais de 3.000 páginas, recomenda um orçamento anual total de mais de 900 mil milhões de dólares (766 mil milhões de euros), um aumento de 5 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros) em relação ao ano anterior. 

O projeto de lei foi aprovado no Senado com 77 votos a favor e 20 contra. 

O líder da maioria republicana no Senado, John Thune, destacou em discurso no plenário algumas medidas incluídas na NDAA de 2026, como a construção de mais navios de guerra "para ajudar a reduzir a diferença" em relação à capacidade de construção naval da China, o estabelecimento do sistema de defesa antimíssil "Cúpula Dourada", pretendido por Trump, e um aumento salarial de 3,8% para os militares. 

Enfatizou ainda as reformas nos processos de aquisição do Pentágono, incluindo "a eliminação de dezenas de regras e regulamentos complexos".  

"A forma mais segura de garantir a paz é mantê-la pela força", disse Thune, fazendo eco do slogan de Trump "paz pela força".

O líder republicano não mencionou o aumento do apoio aos aliados europeus. 

A NDAA prevê que Washington gaste em 2026 cerca de 400 milhões de dólares em equipamento militar para Kiev, em apoio contra a invasão russa. 

A lei elaborada pelo Congresso prevê a presença contínua dos Estados Unidos em solo europeu, impedindo o Pentágono de reduzir o número de tropas no continente para menos de 76.000 sem justificação ao Congresso. 

O Pentágono, sob comando do secretário da Defesa Pete Hegseth, está a tentar redirecionar para a América Latina o seu foco estratégico, com vários ataques no Mar das Caraíbas e no Oceano Pacífico contra embarcações acusadas de tráfico de droga, num contexto de tensões crescentes com a Venezuela. 

A Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) de 2025, divulgada este mês pelo governo Trump, apresenta uma visão extremamente crítica da Europa, descrita como um continente em declínio que enfrenta o "apagamento civilizacional" devido à migração em massa e à decadência cultural.

A nova estratégia exige que as nações europeias assumam a "responsabilidade principal" pela sua própria Defesa, e, ao contrário de versões anteriores, não classifica explicitamente a Rússia como adversária, potência militar com a qual prioriza agora a "restauração da estabilidade estratégica".

Trump tem exposto e criticado a dependência dos europeus da proteção militar norte-americana, chegando a ironizar que a NATO trata-o "por 'Papá'", expressão usada pelo secretário-geral da aliança, Mark Rutte, num encontro entre ambos. 

Alguns parlamentares republicanos, de tendência isolacionista, denunciaram a lei aprovada pelo Congresso e, em particular, a ajuda militar à Ucrânia. 

Dois republicanos --- os senadores Rand Paul e Mike Lee --- e 18 democratas votaram contra. 

O projeto exige mais informações sobre os ataques a embarcações nas Caraíbas, numa altura em que as comissões responsáveis investigam um ataque de 02 de setembro --- o primeiro da campanha --- que matou duas pessoas que sobreviveram a um ataque inicial ao seu barco. 

Republicanos e democratas concordaram com uma disposição que ameaça reter um quarto do orçamento de viagens de Hegseth até que apresente aos Comités de Serviços Armados da Câmara e do Senado vídeos não editados dos ataques, bem como as ordens que os autorizaram. 

Na terça-feira, Hegseth esteve no Capitólio para informar os legisladores sobre a campanha militar em águas internacionais próximas da Venezuela. 

Apesar dos atritos com o Congresso, Casa Branca defendeu que a lei está alinhada com as prioridades de segurança nacional de Trump.  

A lei implementa muitas das ordens executivas e propostas pela Casa Branca para eliminar os esforços de diversidade e inclusão nas Forças Armadas e concede poderes militares de emergência na fronteira com o México.  

Leia Também: Trump diz que Venezuela retirou direitos petrolíferos a EUA e quer recuperá-los

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2906266/congresso-aprova-lei-de-defesa-que-apoia-aliancas-na-europa#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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