China nomeia novos comandantes militares em Pequim e Taiwan
- 23/12/2025
Numa cerimónia realizada esta segunda-feira na capital chinesa, Xi --- que também preside a Comissão Militar Central (CMC), órgão máximo do Exército --- promoveu dois oficiais ao posto de general, o mais alto da hierarquia militar do país, informou a agência oficial Xinhua.
Os promovidos foram Han Shengyan, atual chefe do Comando do Teatro Central de Operações do Exército Popular de Libertação (EPL), e Yang Zhibin, responsável pelo Comando do Teatro Oriental do EPL.
Além de Xi e dos dois recém-promovidos, estiveram presentes na cerimónia os vice-presidentes da CMC, Zhang Youxia e Zhang Shengmin, bem como o general Liu Zhenli, chefe do Departamento do Estado-Maior Conjunto da CMC, precisou a Xinhua.
De acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post, Han atuava até agora como comandante da Força Aérea no Teatro Central de Operações, responsável por garantir a segurança de Pequim e de várias províncias vizinhas, e substituirá Wang Qiang, cujo paradeiro é desconhecido.
No caso de Yang, também proveniente da Força Aérea, havia atuado anteriormente como subcomandante do Teatro Oriental e substituirá Lin Xiangyang, um dos nove generais expulsos do Exército e do Partido Comunista Chinês (PCC) em 17 de outubro passado.
Os especialistas consideram o Teatro Oriental de Operações como um dos mais estratégicos do Exército chinês, sendo responsável por uma eventual contingência em torno de Taiwan, uma ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada por Pequim como "parte inalienável" do seu território.
Estas nomeações ocorrem num contexto de crescente escrutínio sobre a cúpula das Forças Armadas chinesas, marcado pelas recentes purgas de He Weidong, ex-vice-presidente da CMC, e de Miao Hua, ex-diretor do Departamento de Trabalho Político da comissão, ambos investigados por suspeita de corrupção.
As investigações têm atingido recentemente diferentes setores das forças armadas, incluindo os ligados à Força de Foguetes, responsável pelo arsenal nuclear chinês.
De acordo com especialistas em assuntos militares, essas purgas podem afetar a consolidação dos objetivos estratégicos do EPL, entre os quais o de se tornar uma força de "classe mundial" até 2049 e reforçar sua preparação para uma eventual operação militar sobre Taiwan.
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