Chapo pede fiscalização rigorosa nas estradas após 11 mortos por acidente
- 13/09/2025
"Esta tragédia recorda-nos da urgente necessidade de reforçar a disciplina na nossa via pública. Assim, apelo às entidades competentes para que redobrem esforços no cumprimento e fiscalização rigorosa dos horários de circulação dos transportes de passageiros", lê-se na mensagem da Presidência, que cita o chefe do Estado moçambicano.
Pelo menos 11 pessoas morreram na manhã de hoje devido a um acidente de viação no distrito de Nicoadala, avançou o Ministério dos Transportes e Logística, lamentando as mortes.
"Onze pessoas morreram, na manhã de hoje, vítimas de um acidente de viação no distrito de Nicoadala, província da Zambézia", lê-se numa nota do Governo através do Ministério dos Transportes e Logística, divulgada na sua página oficial do Facebook.
O chefe do Estado moçambicano manifestou pesar e solidariedade para com as vítimas do acidente naquela região do país, referindo que estas mortes constituem um alerta para todos sobre a necessidade de reforçar as medidas de segurança nas estradas.
"Exorto igualmente todos os automobilistas a pautarem a sua conduta pela responsabilidade, respeitando escrupulosamente as regras do trânsito rodoviário, de modo a evitar que situações como esta continuem a ceifar vidas e a mergulhar famílias moçambicanas no luto e na dor", acrescenta-se na mensagem do Presidente de Moçambique.
O acidente do tipo choque ocorreu na Estrada Nacional 10 (N10) entre duas viaturas pesadas, sendo uma de transporte de mercadoria e outra de passageiros, que seguiam em sentido oposto Quelimane-Nicoadala.
As autoridades moçambicanas adiantaram tratar-se de ultrapassagem irregular e excesso de velocidades entre as prováveis causas do acidente.
Pelo menos 10 pessoas morreram na segunda-feira, na província de Maputo, vítimas de dois acidentes de viação, com o Governo a apontar para condução sob efeito de álcool entre as causas.
Um dos acidentes ocorreu na madrugada, no distrito de Moamba, na província de Maputo, sul de Moçambique, tendo provocado nove mortos e oito feridos e o segundo ocorreu durante a tarde, entre os bairros Matola-Gare e Malhampsene, envolvendo duas viaturas pesadas.
Já na terça-feira, a Lusa noticiou que pelo menos 575 pessoas morreram em acidentes de viação entre janeiro e agosto em Moçambique, um aumento em 14% comparado ao mesmo período de 2024, segundo dados do Governo moçambicano, que admitiu "desafios críticos" na segurança rodoviária.
"De notar que de janeiro a agosto do presente ano registou-se 575 vítimas mortais [por acidentes], contra 504 dos primeiros oito meses de 2024. O mesmo sucede quanto aos danos materiais que estão igualmente a registar uma tendência crescente", disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, em declarações no final de uma reunião do executivo, em Maputo.
O número de acidentes registados no país africano entre janeiro e agosto de 2025 foi de 430, uma subida em 20 face ao mesmo período do ano passado, em que foram registados 410 em todo o país, segundo dados apresentados pelo porta-voz.
Os índices de acidentes rodoviários em Moçambique são classificados como dramáticos, com as autoridades a apontarem o excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool como as principais causas.
Em 15 de abril último, o Governo moçambicano aprovou um Plano de Ação de Segurança Rodoviária, que prevê uma série de ações para reduzir o número de acidentes de viação, incluindo o reforço das fiscalizações, alterações à legislação e intervenções em pontos considerados críticos, bem como a sensibilização das comunidades.
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