CGD admite que venda do banco no Brasil só esteja concluída em 2027
- 18/11/2025
Durante a conferência "Grande Encontro Banca do Futuro", realizada hoje em Lisboa, o vice-presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Francisco Cary, lembrou que "estes processos de venda são sempre muito demorados".
"Devemos receber propostas indicativas entre agora e o início de 2026", disse, referindo que, em função da "credibilidade dos proponentes" e da "qualidade das propostas", a CGD irá fazer a sua avaliação para decidir a venda.
Para finalizar, será preciso aguardar pela autorização regulatória e a experiência relativamente ao Brasil mostra que "demora perto de um ano".
Se a venda for acordada em 2026, a conclusão nunca acontecerá "antes de meados de 2027", antecipou o vice-presidente da CGD, da equipa executiva liderada por Paulo Macedo.
No início de setembro, o Governo aprovou uma resolução no Conselho de Ministros para relançar a venda de todo o capital que a CGD detém na instituição brasileira com uma venda total ou parcial das empresas que o banco brasileiro controla.
Durante a conferência de hoje, Francisco Cary lembrou que a venda do banco fez parte do plano do grupo do ciclo de 2017 a 2020, quando o grupo bancário português decidiu fazer um "desinvestimento num conjunto de atividades internacionais" com as quais não tem suficientemente "afinidade" ou "massa crítica e relevância" para justificar a presença no mercado.
Na altura, a CGD não conseguiu vender a instituição com base nas propostas que apareceram e, como não era um vendedor "desesperado", entendeu que não estavam reunidas as condições para concretizar a operação, disse.
Agora, "as razões" que levaram a CGD "a querer vender o banco continuam presentes", afirmou.
"Claro que o Brasil, do ponto de vista da afinidade cultural, é muito grande, mas a afinidade económica não é tão relevante assim", justificou, dizendo que a presença da CGD no mercado é marginal.
Em 30 de julho, durante a apresentação dos resultados da CGD, em Lisboa, o presidente executivo do banco, Paulo Macedo, afirmou que o grupo voltou "a ter entidades interessadas" no Banco Caixa Geral.
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