Cerca de 900 pessoas morreram à espera de evacuação médica em Gaza

  • 03/12/2025

Segundo Conde, desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em outubro, apenas 200 doentes puderam sair do território para receber cuidados urgentes.

 

"Mais de 16.500 pessoas, entre as quais mais de 4.000 crianças, aguardam evacuação médica. O cessar-fogo deveria ter significado um aumento do número de doentes retirados, mas apenas 200 saíram e 900 morreram à espera dessa chamada que nunca chegou", denunciou Conde numa conferência de imprensa em Madrid.

A organização humanitária lamentou as "mortes que podiam ter sido evitadas" e apelou a que sejam aceleradas as evacuações médicas, lembrando que, "em Gaza, não há qualquer hospital plenamente operacional".

"Todos foram atacados uma ou mais vezes e os que ainda funcionam operam com recursos mínimos e com pessoal exausto", afirmou Conde.

Os MSF recordaram também que o cessar-fogo iniciado em outubro foi violado em várias ocasiões e estima-se que mais de 300 pessoas foram mortas no último mês e meio.

"Mas mesmo que não tivesse sido violado um único dia, um cessar-fogo não é suficiente; não basta que não caiam bombas. Um cessar-fogo significa também que a população tenha acesso a cuidados médicos, a habitação segura, a alimentos", sublinhou Conde.

Por seu lado, o co-director do Instituto de Estudos sobre Conflitos e Ação Humanitária (IECAH), Jesús A. Núñez, criticou o acordo promovido pelos Estados Unidos, considerando que este "desmobilizou a população" e permitiu que a guerra terminasse sem pôr fim ao conflito.

"É algo planeado, desenhado e calculado para alcançar esse objetivo; não para resolver o problema de Gaza, mas para garantir a desmobilização que permita ao primeiro-ministro [israelita], Benjamim Netanyahu, continuar livremente com o que já estava a fazer", afirmou Núñez na conferência de imprensa.

Conde, enfermeira pediátrica que regressou recentemente do enclave palestiniano, afirmou que "a Gaza de hoje não mede o que media antes; os novos limites, as áreas inacessíveis, as zonas declaradas vermelhas reduziram drasticamente o território onde a população pode viver e movimentar-se".

Isto traduz-se também em equipas médicas, locais e internacionais, que passam "dias inteiros, meses, à espera de medicamentos que não chegam, de equipamentos essenciais que ficam retidos" porque "as autoridades israelitas os consideram suspeitos ou suscetíveis de duplo uso, como pequenos geradores, cadeiras de rodas ou canadianas".

"A falta de material resulta em decisões impossíveis, como escolher a que bebé vamos colocar um ventilador mecânico", lamentou a responsável médica.

Leia Também: Egito rejeita abertura unilateral da passagem de Rafah

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2898807/cerca-de-900-pessoas-morreram-a-espera-de-evacuacao-medica-em-gaza#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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