Centenas unem-se em alto mar em homenagem a vítimas de ataque em Bondi
- 19/12/2025
As vítimas do ataque terrorista na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, foram alvos de uma homenagem em alto mar, esta sexta-feira, dia 19 de dezembro.
Centenas de pessoas - sobretudo surfistas - uniram-se para assinalar todas as vítimas do ataque terrorista, que no dia 14 de dezembro fez 16 vítimas mortais, entre elas um dos atiradores.
A Getty, responsável pelas imagens que pode ver acima, afirma que a vida está a voltar lentamente à normalidade. Ainda assim, as vítimas do pior ataque na Austrália nos últimos 30 anos não são esquecidas, como comprova a homenagem de hoje.
Esta homenagem acontece ao mesmo tempo que estão a decorrer as cerimónias fúnebres das vítimas. O funeral de Matilda, por exemplo, aconteceu esta quinta-feira, e a família pediu para que a raiva que este ataque possa ter gerado não sirva para alimentar (mais) ódios. Matilda, descrita como um "raio de sol", tinha dez anos e é a mais nova das 15 pessoas que morreram às mãos dos atiradores, pai e filho.
O ataque
Dois homens armados com espingardas abriram fogo contra a multidão reunida num parque próximo à praia de Bondi, uma das mais movimentadas e turísticas do país, por volta das 18h40, hora local (07h40 em Lisboa), de domingo.
Catorze pessoas - incluindo um dos assaltantes - morreram no local do crime e outras duas, nomeadamente uma menina com 10 anos e um homem de 40, faleceram posteriormente no hospital.
Pelo menos 42 pessoas ficaram feridas, sete das quais continuam em estado crítico.
Atentado motivado "por ideologia" do Daesh
Anthony Albanese declarou que o ataque a uma multidão, que comemorava a festa judaica do Hanukkah numa praia de Sydney, parece ter sido "motivado pela ideologia" do grupo "Estado Islâmico".
As autoridades qualificaram o ataque de antissemita, mas até agora tinham dado poucos detalhes sobre as motivações dos atacantes.
Esta terça-feira, Anthony Albanese forneceu uma das primeiras indicações de que os dois homens tinham-se radicalizado antes de cometer o "assassinato em massa".
"Parece que isto foi motivado pela ideologia do Estado Islâmico" (EI), afirmou o chefe do executivo.
O grupo terrorista EI controlou vastos territórios no Iraque e na Síria, antes de ser derrotado em 2019, mas ainda tem células adormecidas de combatentes no país.
Albanese declarou que Naveed Akram, de 24 anos, tinha sido sujeito a verificações dos serviços secretos australianos em 2019, sem aparentar representar na altura uma ameaça imediata.
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