Caldo entornado no FC Porto-Estoril. As versões de Farioli e Ian Cathro
- 01/12/2025
O FC Porto retomou, ao final da noite de domingo, a liderança isolada da I Liga, graças ao ('suado') triunfo conquistado sobre o Estoril, no Estádio do Dragão, por 1-0, num encontro a contar para a 12.ª jornada, que foi resolvido por um remate certeiro de William Gomes, logo à passagem do oitavo minuto.
Uma partida de 'alta tensão', cujo pico foi atingido imediatamente após o apito final, quando os treinadores de dragões e canarinhos, respetivamente, Francesco Farioli e Ian Cathro, respetivamente, se desentenderam, em pleno relvado, provocando uma confusão que acabou por alastrar-se a uma série de elementos de ambas as equipas.
Já na sala de conferência de imprensa, o escocês deu a sua versão dos acontecimentos, lamentando aquilo que aconteceu, ainda que recusando entrar em grandes detalhes: "Quero dar os parabéns a Francesco Farioli pelo trabalho que está a fazer. Independentemente do resultado, tenho a capacidade de o reconhecer".
"Por outro lado, sou escocês, dei-lhe um empurrão nas costas, mas não foi por mal. Depois, sucederam-se reações, e não gosto que me toquem na cara, porque não sou latino, venho de outra cultura. O problema foi que outros tentaram intimidar-me. É impossível", atirou. Já o italiano foi mais 'telegráfico'.
"Fui muito simpático para ele. Tentei acalmá-lo, ele estava demasiado exaltado. Cumprimentámo-nos e talvez tenha percebido mal o primeiro toque dele. Fui calmo, não estou habituado a criar polémica. Quando o jogo acaba, acaba", sublinhou, antes de aplaudir a exibição do conjunto adversário.
"Acho que o Estoril, até agora, no Dragão, foi uma das melhores equipas que veio cá, tendo em conta a organização e a qualidade individual. Vimo-los em vídeo, e eram muito bons. Ao vivo, deixaram uma imagem ainda melhor. Têm de estar contentes pelo que fizeram", completou.
Luuk de Jong volta a ser 'dor de cabeça'
Francesco Farioli aproveitou, ainda, a ocasião para abordar o estado físico de Luuk de Jong, que foi lançado para o lugar de Samu Aghehowa, à passagem dos 68 minutos, mas que acabou a partida em claras debilidades físicas, pelo que tudo aponta para que tenha de parar, uma vez mais, devido a lesão.
"Parece ter sido o joelho, outra vez. Temos de avaliar. Não sabemos exatamente o que se passa. O doutor estava otimista, mas vamos ter de voltar a avaliar daqui a umas horas novamente. É no mesmo joelho, mas não é no mesmo sítio, teremos de avaliar", apontou, sem entrar em pormenores.
O internacional neerlandês, recorde-se, chegou ao FC Porto na reta final do passado mercado de transferências de verão, a 'custo zero', na sequência do final do contrato que mantinha com o PSV, mas, pouco tempo depois, viu o azar 'bater-lhe à porta', num jogo-treino com o Lusitânia de Lourosa, realizado no Olival.
O avançado foi diagnosticado com uma entorse no joelho esquerdo com lesão do ligamento lateral interno, tendo regressado ao ativo apenas no passado dia 22 de novembro, no categórico triunfo alcançado diante do Sintrense, no Estádio do Dragão, por 3-0, que valeu o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal.
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